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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Mais uma despedida









Façam favor de serem felizes. Sejam escultores do vosso próprio destino.

Eu cá estarei no sítio do costume para qualquer coisa que vos possa ser útil.





domingo, 4 de maio de 2014

Prova globalizante - resumo

1.Democracia ateniense foi fundada por  Clístenes e Péricles no século V A. C.
Era uma democracia:
  indirecta:  só 500 cidadãos eram sorteados para o Conselho dos 500 ( 50 de  cada vez)       
  direta:  na Eclésia ou Assembleia dos Cidadãos participavam  todos os cidadãos
Todos os cidadãos eram iguais perante a lei, mas eram uma minoria, na sociedade. (c. 10%)
Era uma democracia que apresentava limitações:
- só os Cidadãos (filhos de pai e mãe ateniense) participavam na vida política.
A eleição era feita por nomeação ( ex: Magistrados) ou sorteio ( ex.:Bulé)
Não podiam participar na vida política:
 os Metecos – estrangeiros – não podiam ter propriedades; eram comerciantes

- Mulheres
- Escravos.

Segundo  Péricles,  a Democracia ateniense procura
 satisfazer o maior número de pessoas e não apenas
 uma minoria; “ no tocante às leis, todos são iguais;
 Não é o facto de pertencer a uma classe, mas o mérito, 
que dá acesso aos postos mais honrosos”; “a pobreza 
não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar
 serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo.”

Apesar  de Clístenes e Péricles terem posto em prática um regime democrático,
 não era perfeito. A democracia ateniense estabeleceu a igualdade entre os
 homens livres.. Atenas concedeu o direito de cidadaniaaos cidadãos estabelecidos
 no seu território. Aos olhos dos atenienses  nenhuma sociedade podia dispensar os  escravos,considerados por alguns, seres inferiores.  A fim de consagrar as suas
 forças e inteligência à cidade, os cidadãos deviam estar aliviados das ocupações domésticas e dos trabalhos manuais; as mulheres deveriam viver no Gineceu e
 dedicar a sua inteligência à gestão da casa e à educação dos filhos e não poderiam participar na vida política. Havia, ainda,  limitações à liberdade de expressão,
 o que levou alguns cidadãos ao ostracismo, ou à condenação à morte. Atenas
 serviu-se, também, da Liga de Delos para impor a sua supremacia sobre
 os seus aliados, foi o imperialismo.

2. Revolução liberal Portuguesa
Ocorre em 1820
Constituição é aprovada em 1822. Defende a divisão dos poderes e a soberania popular. O poder legislativo é entregue às Cortes, o executivo ao rei e o judicial aos tribunais.
D. Pedro outorga a Carta Constitucional em 1834.
Leis: Abolição dos direitos feudais; substituição das ordens por classes; lei do morgadio e do código civil. Defendem  princípios iluministas:
- Rousseau – Soberania popular: o poder reside no povo que o cede aos governantes eleitos por si. SE os governantes não governarem de acordo com os interesses do povo podem ser depostos através de eleições ou revoluções ( ex: Revolução americana; revolução francesa; revolução portuguesa de 1820).
Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos.
- Voltaire defende a liberdade e a tolerância religiosa.
- Montesquieu defende a separação dos poderes em legislativo ( entregue a uma assembleia); executivo ( entregue ao rei ou presidente; Portugal: rei e o Judicial aos tribunais).

3. Europa no sec. XIX
·         Fábrica do Mundo
·         Comerciante do Mundo
·         Banqueira do Mundo
Grandes potências -  pretendem o domínio colonial e imperial para assegurar a sua hegemonia mundial.
Imperialismo- Sistema politico em que uma grande nação domina social e politicamente vastas regiões independentes.
Colonialismo- Forma de domínio social, politico e económico que o país colonizador exerce sobre as colónias.

Dá-se a partilha de África resultado da:
- Revolução industrial
-Vaga imperialista
- Viagens de exploração a África
- Conflitos na Europa
-Conferencia de Berlim (1885)
- Principio da ocupação efetiva
As Grandes potências saíram beneficiadas

O ultimato inglês
·         Mapa cor-de-rosa. - Projeto para melhor aproveitamento de África. Pretendeu se ocupar o Chire (território entre Angola e Moçambique)
·         Viagens de exploração
·         Este projeto vai contra o plano da Inglaterra de ligar " o Cairo ao Cabo ".
·         Ultimato inglês (1890 ).
·         Portugal retira-se das regiões entre Angola e Moçambique.


Antecedentes da 1ª Guerra Mundial
Rivalidades económicas - que conduziram ao imperialismo e colonialismo, que levou a paz armada e à corrida ao armamento.
Nacionalismos - desenvolvimento deste através da propaganda (pangermanismo – expansão do povo alemão através da conquista de um espaço vital, defendendo a superioridade do povo alemão)
A península balcânica destaca-se também pelas pequenas nacionalidades que se querem libertar do domínio da Áustria.
O império Austro-Húngaro queria ter acesso ao mar mediterrâneo, anexando a servia.
O império Russo tinha o mesmo objetivo, bem como afinidades com os povos eslavos, considerando-se sua protetora e prestando apoio aos Búlgaros, Sérvios e Bósnios.

· Politica de aliança – Tríplice Aliança: Áustria/Hungria + Itália + Alemanha; Tríplice Entente Cordiale: França + Inglaterra + Rússia

A 28 de agosto de 1914, Francisco Fernando (herdeiro do trono do império Austro-húngaro) na Bósnia, por um estudante sérvio, o que deu início à 1ª guerra mundial.

A 1ª Grande Guerra

No século XIX e início do século XX havia rivalidades entre as grandes potências pela posse de colónias:
A Alemanha rivalizava com a Inglaterra e a França
A Áustria-Hungria com a Rússia
Na península balcânica, os pequenos estados queriam a autonomia face ao Império  Austro-húngaro.
Formam-se Blocos: Tríplice Entente Cordiale ou Aliados: Inglaterra; França e Rússia e a Tríplice Aliança, ou Potência Centrais: Alemanha; Áustria-Hungria e Itália.
Dá-se a corrida ao armamento e há um clima de paz armada.
Quando o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono austro-húngaro é assassinado na Bósnia, por um estudante sérvio, A Áustria Hungria exige o desmantelamento do movimento terrorista em 24 horas. Na impossibilidade disso acontecer, a França e a Inglaterra que protegia a Bósnia e a Servia declaram guerra à  Áustria –Hungria. A seguir entra a Alemanha, sua aliada.

4.Crise e queda da monarquia
A monarquia entra em crise devido:
Crise económica de 1890
Ultimato inglês de retirada face à elaboração por Portugal do mapa cor de rosa que previa a ocupação das regiões entre Angola e Moçambique.
Revolta dos portugueses face à atitude do governo de obediência à Inglaterra
Propaganda do Partido Republicano
Tentativa de implantação  da República – Revolta do 31 de Janeiro de 1891, no Porto.
Dificuldades económicas Portuguesas
A industrialização só abrangia as grandes cidades e Portugal era agrícola.
Portugal continuava a importar mais do que exportava, tendo que recorrer a sucessivos empréstimos no estrangeiro.
Os poucos produtos que Portugal exportava tinham alta concorrência.
O descontentamento social
De 1890 a 1892, uma grave crise económica afetou a Europa, o nível de vida da população baixou, o que levou ao descontentamento social.
Desigualdades sociais. O operariado mostrava-se revoltado.
Difusão das ideias republicanas.
Portugal, na altura, era uma monarquia constitucional. Em 1870 foi fundado em Portugal o partido republicano, que passou a desenvolver uma intensa campanha contra os partidos monárquicos. Defendiam o sufrágio universal, descentralização política e económica.
Era apoiado por elementos da pequena e média burguesia e de setores importantes do operariado.
A situação do país piorou após o ultimato inglês.
A ofensiva republicana
A 31 de janeiro de 1891, rebentou no porto uma revolta. A causa republicana era cada vez mais popular e tinha o apoio dos principais jornais. Contava ainda com o apoio de organizações secretas como a Maçonaria e a Carbonária.
O regicídio
Em 1907, D. Carlos dissolveu as cortes e permitiu que João Franco governasse em ditadura.
Entre as suas medidas destacaram-se os adiantamentos de dinheiro  à casa real.
A oposição ao regime atingiu o auge. Em fevereiro de 1908, ocorreu o regicídio, e o rei e o filho primogénito foram mortos.
A 5 de Outubro de 1910, deu-se a implantação da república.

5 - 1ª República
Primeiras medidas
·         Nova bandeira
·         “A Portuguesa”
·         Escudo
·         Igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos

Governo provisório
Teófilo Braga
Constituição republicana (1911)
·      Todos são iguais perante a lei
       Liberdade de expressão
·      Separação de poderes
Legislativo - Parlamento
Executivo -Presidente da República e governo                               
Judicial -tribunais

Realizações e dificuldades
Afonso Costa desempenhou um papel muito importante na sociedade.
Realizações da 1ª República:
- Laicização do estado: estado civil (decreta liberdade religiosa); expulsão das ordens religiosas e nacionalização dos seus bens; registo civil obrigatório; legalização do divórcio.
- Legislação social: autorização da greve; instituição do descanso semanal obrigatório; limitação dos horários de trabalho; seguro obrigatório para doença e velhice.

- Não conseguiu diminuir a instabilidade política nem social. O proletariado continuou descontente, apesar da 1ª República ter feito algumas leis a seu favor como a da greve que acabou por reprimir.
- A nível cultural conseguiu melhores resultados, embora em pequenas dimensões:
 - Criou escolas primárias. A 1ª  República criou  cerca de 1105 escolas primárias o que fez diminuir em  8,1% as freguesias sem escola. O número de professores aumentou em cerca de 2500, devido às novas escolas de formação de professores. Tudo isto levou a que a taxa de analfabetismo baixasse 7,6%, o que não é muito significativo, mas demonstra a preocupação da 1ª República pela educação e ensino. Criou, também, escolas técnicas e liceus e a escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos, escolas para a formação de professores; as Universidades do Porto e Lisboa, reorganizou-se a de Coimbra; abriram-se museus; bibliotecas; coretos para divulgação da música.

Porém, as dificuldades também começaram:
·         Oposição da igreja católica e dos monárquicos
·         Os operários mostravam-se descontentes com a lentidão da resolução dos problemas
Participação de Portugal na guerra
Havia varias opiniões sobre a participação de Portugal na guerra.
Participação e consequências
A intervenção de Portugal na guerra agravou as dificuldades internas e aumentou o descontentamento do povo. Levou ainda a um período de ditadura por Sidónio Pais.
O fim da 1ª República
Fatores económicos
Depois da guerra, a situação económica do país piorou ainda mais, os salários não acompanhavam a subida dos preços. Por isso o nível de vida da população desceu.
Fatores sociais e políticos
Instabilidade politica, a agitação militar era permanente, o operariado mostrava o seu descontentamento através de greves manifestações. Alguns grupos de extrema-esquerda recorriam a atentados.

Ditadura militar
A 28 de maio de 1926, um golpe militar iniciado em Braga pôs fim à 1ª República.
1.    O parlamento foi dissolvido
2.    As liberdades individuais foram suspensas
3.    O poder passou a ser assumido pelos militares.


6- O fascismo, uma ditadura totalitária. O totalitarismo nazi.


Mussolini estabeleceu em Itália uma ditadura fascista, caracterizada pela concentração dos poderes no chefe do governo, pelo estabelecimento do Estado totalitário, corporativo e pelo culto do nacionalismo. Mussolini pretendia elevar a Itália a potência económica e colonial, pelo que desenvolveu a agricultura e a indústria, fomentou as obras públicas e conquistou a Etiópia. Interveio na Guerra Civil Espanhola e na 2ª Guerra Mundial.
Na Alemanha, Hitler, dirigente do Partido Nacional-Socialista (Nazi)  aproveitou a humilhação sofrida pela perda da !ª Guerra e pela humilhação infligida aos alemães pelo Tratado de Versalhes, bem como o clima de instabilidade económica e social, consequência da Crise de 1929. As suas propostas conseguiram o apoio da população alemã e em 1932, o partido NAZI torna-se no maior partido alemão. No ano seguinte Hitler é nomeado Chanceler e passa a governar a Alemanha em ditadura que se caracterizava pelo totalitarismo ( Hitler tem a totalidade do poder, o partido NAZI era o único partido, as populações eram controladas e educadas de acordo com a ideologia nazi), pelo racismo ( superioridade da raça alemã, perseguição aos judeus, necessidade de criação de um “espaço vital” para o desenvolvimento do país.
Para impor se limites as suas ideias perseguiu e eliminou brutalmente todos os seus opositores.

·  O fascismo
Razões do avanço da extrema-direita:
1.    Económicas
Dificuldades económicas pós guerra.
Ruína de muitas cidades
Crise de 1929.
Desemprego.
Redução do nível de vida.
2.    Sociais
Triunfo da revolução soviética.
A população ansiava por um governo forte que resolvesse a crise.
Meios utilizados
1.    Violência.
·          Ameaças
·         Espancamentos contra os partidos de esquerda e sindicatos.
·         Destruições                                     
·         Milícias armadas e agressivas (camisas negras)
2.    Propaganda.
·          Imprensa
·         Rádio                                       pretendendo atrair as classes médias  
·         Comícios                                        e  o operariado hesitante       
·         Manifestações        

A tomada de poder por Mussolini
Os industriais e os proprietários passaram a apoiar um partido de extrema-direita: o Partido Nacional Fascista (1921) chefiado por Benito Mussolini. Dispondo de milícias armadas (os camisas negras), o Partido Fascista violentava os militantes de esquerda e reprimia as greves.
Em 1922, o rei de Itália, pressionado pelas manifestações fascistas, encarregou Mussolini de formar governo. Em 1924 realizaram-se eleições e recorrendo à violência e à corrupção, Mussolini conseguiu tornar-se o senhor absoluto de Itália.

Ideologia
·         Totalitarismo/ Estado Uno
O estado controla toda a sociedade
·         Imperialismo
Política imperialista, necessidade de alargar o espaço territorial.
·         Corporativismo
Associação entre patrões e assalariados evitando a luta de classes e o comunismo
·         Primado do Chefe – Duce ou Chefe
·         Primado do Estado – obediência incondicional ao Estado, não havendo interesses individuais
·         Primado do Partido – Existência de um único partido, para não haver oposição.

Organizações juvenis fascistas
As organizações juvenis visavam a preparação militar e física dos jovens. Ex: Juventude Fascista

Economia
1.    Vantagens para as famílias numerosas para que a expansão italiana fosse assegurada por uma população forte.
2.    Políticas imperialistas, (conquista da Etiópia), desenvolvimento da indústria
3.    Combate ao desemprego
4. Investimentos em infraestruturas que melhorassem a qualidade de vida dos italianos.
Autarcia – independência económica.

·         Nazismo
Ascensão:
1. Humilhação após o Tratado de Versalhes
2. Crise de 1929
3. Crise social gravíssima, a população procurava um chefe forte que resolvesse a crise económica.

Partido Nacional Nazi - Apoio financeiro dos grandes burgueses que receavam o comunismo.
1932- Partido Nazi foi o mais votado e nomeou Hitler chanceler. Este toma de imediato medidas antidemocráticas
1934 – Hitler acumula os cargos de presidente da república e de chanceler.

Meios de Consolidação
Violência e força contra os adversários (SA e SS), através de milícias.
Propaganda, comícios e censura
Controlo da juventude  (todos os jovens tinham uma educação nacionalista e militar)
Proibição de greves e sindicatos. Os operários estavam inscritos na frente de trabalho.
Ideologia
- Primado do estado
- Primado do partido
- Primado do chefe
- Corporativismo
- Imperialismo
- Antissemitismo -> Genocídio do povo judeu
Política económica
 Objetivo – Autarcia. A Alemanha deveria ser economicamente
independente sem precisar de importar qualquer produto.
Racismo e expansionismo
Para os Nazis existiam raças superiores -> a raça ariana e raças inferiores -> a raça judia.
Esse violento antissemitismo levou à tentativa de genocídio dos judeus.
Segundo a lógica racista, os alemães deveriam ter direito a um espaço vital, territórios considerados necessários para o bem-estar e crescimento do povo, que deveriam conquistar aos povos inferiores.

 A ditadura salazarista (edificação do Estado Novo) .
Em 1928, António de Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra foi chamado para ministro das finanças e conseguiu equilibrar as contas públicas. Desta forma, é nomeado em 1932, Presidente do Conselho de Ministros
Salazar serviu-se para constituir um Estado forte, autoritário e repressivo da propaganda, defendendo um estado forte, e valorização da nação com uma longa história, vincando o orgulho de ser português e de um estado pluricontinental e pluriracial, que ocupava um grande espaço; o dever de obedecer ao chefe; da educação da mocidade masculina, a fim de formar as consciências para a defesa do estado e mocidade feminina a fim de formar valores de esposa, mãe e dona de casa.
Tentou integrar toda a população civil nos ideais do regime, através da Mocidade Portuguesa e Legião Portuguesa.
Quem não estivesse de acordo com estes ideais teria a polícia política PIDE ou a GNR a controlar as suas ações a  reprimir e a prender, por vezes matar. 
Criou um regime autoritário, antiparlamentar e antidemocrático.

7- 2ª Guerra Mundial
A Alemanha depois de abandonar a SDN, desrespeitou o Tratado de Versalhes, restabelecendo o tratado de Versalhes, orientando a produção industrial para o armamento e defendendo o pangermanismo, lançou-se na conquista do espaço vital ( criação da Grande Alemanha), o que os levou a ocupar a Renânia, anexar a Áustria,  a  região dos Sudetas ( no noroeste da Checoscolováquia).Fez, também pactos militares com a Itália (Eixo Berlim-Roma) e o pacto Komintern ( Alemanha, Japão e União Soviética). Depois do protestos da SDN, das potências ocidentais e da assinatura  do Pacto de Munique. Em 1939, a Alemanha, ocupou a Checoslováquia e exigiu a entrega de Dantzig à Polónia pelo que a França e a Inglaterra garantiram apoio à Polónia em caso de ataque. Este veio a acontecer a 1 de Setembro de 1939, dia em que a Alemanha invadiu a Polónia o que levou a Inglaterra e a França a declarar guerra à Alemanha.
 Os alemães que defendiam a superioridade da raça ariana, desprezavam os eslavos e particularmente os judeus, raça impura e perigosa ( que tinha grande poder e domínio económico). Desta forma perseguiram os judeus, limitando a sua ação, encerrando-os em guetos, onde viviam em condições infra-humanas e outros foram levados para campos de concentração, onde eram sujeitos a trabalhos forçados. Em 1942, decretou a “Solução Final” ou seja o extermínio total dos judeus da Europa – genocídio. Os judeus foram levados das regiões ocupadas para campos de concentração/extermínio onde os mais frágeis eram asfixiados em câmaras de gás e cremados em fornos. No final da guerra, os próprios judeus abriam sob ameaça, valas, onde eram se deitavam e eram assim mortos cobertos de cal viva e terra. No entanto, ciganos, negros, homosexuais e comunistas tiveram o mesmo fim. Todas estas atitudes representam o total desprezo pelos direitos humanos                       
                                
Após a ocupação da POLÓNIA, em 1939, a ALEMANHA prosseguiu a sua expansão militar. Nas várias ofensivas, HITLER utilizou a tática da GUERRA-RELÂMPAGO, isto é, uma rápida movimentação de carros BLINDADOS, apoiados por BOMBARDEAMENTOS da aviação contra as forças, militares inimigas.
       Em 1940, na Europa Ocidental, apenas a Inglaterra parte da FRANÇA e os países NEUTRAIS (Portugal, Espanha, Suíça e Suécia) escapavam ao domínio NAZI.
       No decorrer dos anos de 1940 e 1941, a guerra deflagrou noutras regiões da Europa e do mundo. No leste europeu, os alemães ocuparam a ROMÉNIA, a Bulgária e a Hungria. Em 1940, no Norte de ÁFRICA, os alemães para cortarem aos ingleses a rota do Canal de Suez, desembarcaram na Líbia e entraram no Egito. Em finais de 1941, no Pacífico, a aviação japonesa atacou de surpresa a frota americana estacionada em Pearl Harbour (Havai). Este ato levou os EUA  a entrar no conflito.
       Assim a guerra tinha-se MUNDIALIZADO. A Alemanha e o JAPÃO possuíam grande superioridade MILITAR, controlando várias regiões do mundo.
Até finais de 1942, as vitórias do EIXO foram  constantes, em particular na Europa, Norte de África e  Pacífico. A partir de 1943, as ações da Resistência  e a maior capacidade militar dos Aliados impuseram-se à força do Eixo. A partir de 1943, as ações da Resistência  e a maior capacidade militar dos Aliados impuseram-se à força do Eixo.
Após 1945, num mundo esgotado (perdas humanas) e arruinado (destruição material), nasceu uma nova organização mundial destinada a preservar a paz e a promover a colaboração entre povos – a ONU. Entretanto, os criminosos de guerra eram julgados em NUREMBERGA  enquanto a Alemanha era dividida em quatro zonas de ocupação.

8. Portugal democrático: a Revolução de abril
    Marcelo Caetano substituiu Salazar quando este entrou em estado de coma e morreu posteriormente.
    Os portugueses esperavam que Caetano tornasse o regime mais democrático, mas aquele dominado pelos ministros de Salazar, fez apenas pequenas reformas. No entanto, Marcelo não fez uma efetiva liberação do regime e continuou com a guerra colonial o que descontentava uma larga faixa da população portuguesa e em particular os militares, que resolveram  planear uma revolução, tomando a dianteira o MFA ( movimento das forças armadas, ou dos capitães) com o objetivo de estabelecer uma democracia e acabar com a guerra colonial. Com o tempo foram-se delineando os chamados 3DS::
Descolonizar ou seja dar independência a todas as colónias portuguesas, democratizar o país restituindo aos portugueses todas as liberdades cívicas de que estava provado  e desenvolver o país no sentido de iniciar reformas na estrutura económica e financeira do país de forma a obter maior justiça social.

A  nova Constituição entrada em vigor em 25 abril de 1976, instituiu um estado Democrático  baseado na soberania popular . Os portugueses passaram a viver num regime democrático parlamentar. Consagraram-se as Liberdades
individuais e coletivas, como por exemplo, o direito à livre  expressão do pensamento ou à liberdade de associação em partidos políticos bem como o sufrágio universal e o direito à educação e cultura
5 - Os atuais  órgãos de soberania são :
A - _Presidente da República com poder executivo
B - Assembleia da República com  Poder Legislativo.
C – Governo com poder  legislativo
D – Tribunais com poder judicial .




segunda-feira, 24 de março de 2014

Conclusão do trabalho de grupo: Salazarismo/25 de abril

CATEGORIAS
PROBLEMAS
SOLUÇÕES
Política
O país era governado sob forma ditatorial. Estabilidade política.
Viveu-se em Portugal um período de ditadura marcada pela suspensão das liberdades.
A nível externo Portugal era condenado pelos organismos internacionais, pois os países envolvidos já tinham dado independência às suas colónias mas Salazar era o único que continuava “orgulhosamente só”.
As forças de oposição ao regime criaram a MUD; eleições com uma ala liberal para a assembleia nacional Organização de um movimento secreto para derrubar o governo: Revolução
Implantação da democracia.
Deu-se a extinção da PIDE, a abolição da censura, libertação de todos os presos políticos, autorização de partidos políticos e sindicatos livres com a democratização do país. Todos os cidadãos podiam votar, eleger e ser eleitos para os órgãos de poder. Houve a criação de instituições democráticas; a constituição determinou a distribuição dos poderes do Estado.
Novas eleições presidenciais.
Deu-se independência às colónias portuguesas.

Militar
A partir de 1691 (Angola), 1963 (Guiné) e 1964 (Moçambique), os movimentos independistas organizaram revoltas que pretendiam lutar pela independência.
As revoltas, as manifestações de independência nas colónias portuguesas determinaram milhares de mortes e feridos.
A intervenção da guerra colonial levou a despesas elevadas e 9 mil mortos.
Perante a política intransigente de Salazar formaram-se nas colónias portuguesas movimentos independentistas e Portugal foi obrigado a enviar tropas para África. A guerra colonial provocou inúmeras mortes, feridos e deficientes e limitou o desenvolvimento do país.
Pedido de ajuda internacional para desgastar a política do país.
Após 13 anos de conflito, os militares acharam que a solução para a guerra deveria ser política.
A MFA estabeleceu contactos com os movimentos de libertação. Em consequência, a Guiné tornou-se independente em 1974, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe em 1975. O processo de descolonização foi mais difícil em Angola e Timor-Leste.
Em Julho de 1974, houve o reconhecimento do direito à autodeterminação e independência das colónias portuguesas (fim da guerra colonial).


Economia
Existia pobreza.
Portugal era um dos países mais atrasados da Europa(fraco desenvolvimento económico)
A agricultura era a principal actividade económica, mas estava pouco desenvolvida.
A indústria era igualmente débil, quando comparada com a dos países desenvolvidos.
Remodelação do regime político. Instauração da Democracia.
Em 1 de Janeiro de 1986, Portugal aderiu à CEE e passou a beneficiar da entrada de fundos comunitários.
Cooperação internacional.
Pretendia-se aumentar as exportações e baixar as importações. Vendendo mais e comprando menos, a balança comercial do país torna-se positiva, enriquecendo-o.
Sociedade
Vários grupos estavam revoltados.
A população rural era em grande parte analfabeta.
Emigração a partir de 1961.
Diminuição dos agricultores aumento dos operários e dos serviços.
As pessoas começaram a emigrar legal ou ilegalmente para outros países à procura de melhores condições de vida já que o nível de vida de Portugal estava muito longe dos países desenvolvidos.
Medo devido à PIDE. A sociedade vivia com medo de dizer o que não devia e ser preso.
Redução de impostos.
Manifestações contra o governo, sujeitos a serem presos.
Movimentos grevistas.
As más condições de vida levaram milhares de pessoas a emigrarem. Muitos voltaram depois da revolução.
Depois do 25 de Abril, a tomada de terras pelos trabalhadores e as nacionalizações de bancos e empresas criaram novos postos de emprego; aumento dos salários, atraindo o retorno dos emigrantes.

Cultura
Um clima de medo; Emigração;
Os portugueses sentiam medo de dizer o que não deviam e serem presos.
Os cidadãos estavam privados de liberdades e de outros direitos fundamentais. A PIDE, as prisões, o campo do Tarrafal e a censura cortava toda a expressão escrita ou verbal contra o regime e as pessoas tinham medo de se juntar.
Operações
para conseguir visibilidade a nível internacional.
Alianças com os países da Europa.
Acabar com a PIDE. Liberdade de expressão de pensamento, de reunião e de religião.


CRONOLOGIA DA REVOLUÇÃO DO 25 DE ABRIL

                                                                  1974

22 de Fevereiro
Publicação do livro Portugal e o Futuro do General António de Spínola, em que este defende que a solução para a guerra colonial deverá ser política e não militar.

5 de Março
Nova reunião da Comissão Coordenadora do MFA. É lido e decidido pôr a circular no seio do Movimento dos Capitães o primeiro documento do Movimento contra o regime e a Guerra Colonial: intitulava-se "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação" e foi elaborado por Melo Antunes

14 de Março
O Governo demite os Generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Chefe e Vice-Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, alegando falta de comparência na cerimónia de solidariedade com o regime, levada a cabo pelos três ramos das Forças Armadas. Essa cerimónia de solidariedade será ironicamente baptizada nos meios ligados à oposição ao regime como "Brigada do Reumático" nome pelo qual ainda hoje é muitas vezes referenciada. A demissão dos dois generais virá a ser determinante na aceleração das operações militares contra o regime.

16 de Março
Tentativa de golpe militar contra o regime. Só o Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha marcha sobre Lisboa. O golpe falhou. São presos cerca de 200 militares.

24 de Março
Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do MFA, na qual foi decidido o derrube do regime e o golpe militar.

23 de Abril
Otelo Saraiva de Carvalho entrega, a capitães mensageiros, sobrescritos fechados contendo as instruções para as ações a desencadear na noite de 24 para 25 e um exemplar do jornal a Época, como identificação, destinada às unidades participantes.

24 de Abril
O jornal República, em breve notícia, chama a atenção dos seus leitores para a emissão do programa Limite dessa noite, na Rádio Renascença .

24 de Abril - 22:00 horas
Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA já estão no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Será ele a comandar as operações militares contra o regime.

24 de Abril - 22:55 horas
A transmissão da canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o ínicio das operações militares contra o regime.

25 de Abril - 00:20 horas
A transmissão da canção " Grândola Vila Morena " de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renancença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis.

25 de Abril - Das 00:30 às 16:00 horas
Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais ( RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).
Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português
Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.
As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira.
Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria.
Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete.

25 de Abril - 16:30 horas
Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.

25 de Abril - 17:45 horas
Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo.
O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.

25 de Abril - 19:30 horas
Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.

25 de Abril - 20:00 horas
Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos.

26 de Abril
PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais director daquela corporação.
Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da RTP.
Por ordem do MFAMarcelo CaetanoAmérico Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira.
General Spínola é designado Presidente da República.
Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.

27 de Abril
Apresentação do Programa do Movimento das Forças Armadas.

28 a 30 de Abril
Regresso dos líderes do Partido Socialista (Mário Soares) e do Partido Comunista Português (Álvaro Cunhal).

1 de Maio
Manifestação do 1º de Maio, em Lisboa, congrega cerca de 500.000 pessoas. Outras grandes manifestações decorreram nas principais cidades do país.

4 de Maio
MRPP organiza a primeira manifestação de boicote ao embarque de soldados para as colónias. A Junta de Salvação Nacional previra a necessidade de envio de alguns batalhões de militares para substituirem a tropa portuguesa ainda em território africano e cujo período de mobilização já terminara. Pensava-se também que seria importante manter as Forças Armadas Portuguesas em África até final das negociações com os Movimentos de Libertação Africanos, com vista à independência dos territórios.

16 de Maio
Tomada de posse do Iº Governo Provisório, presidido por Adelino da Palma Carlos.
Do I Governo fazem parte, entre outros, Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro.

20 de Maio
Américo Tomás e Marcelo Caetano, com o conhecimento da JSN mas não do Governo, partem para o exílio no Brasil.

25 de Maio
Início das conversações com o PAIGC.

26 de Maio
É fixado o primeiro Salário Mínimo Nacional em 3300$00.

Maio / Junho
Grandes conflitos laborais e lutas de trabalhadores começam a surgir em algumas das grandes empresas portuguesas LISNAVE, TIMEX, CTT.
Inicia-se um grande movimento popular de ocupações de casas desabitadas que vai prolongar-se por vários meses. A Junta de Salvação Nacional legaliza, em 19 de Maio, as ocupações verificadas e proíbe novas ocupações.

6 de Junho
Conversações preliminares com a FRELIMO, em Lusaka, com vista à independência de Moçambique.

8 de Julho
É criado o COPCON, chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho

9 de Julho
O Primeiro Ministro Palma Carlos pede a demissão do cargo por alegadamente não ter condicões políticas para governar numa clara alusão ao peso da influência do MFA. Com ele solidarizam-se alguns ministros do seu Gabinete entre eles Francisco Sá Carneiro

12 de Julho
Vasco Gonçalves é indigitado por Spínola para o cargo de Primeiro Ministro.

18 de Julho
Tomada de posse do IIº Governo Provisório, presidido por um homem do MFA, o General Vasco Gonçalves.

27 de Julho
Spínola reconhece o direito à independência das colónias africanas.

Julho / Agosto
Greves da MABOR, TAP, SOGANTAL e JORNAL DO COMÉRCIO.

8 de Agosto
Motim de ex-agentes da PIDE/DGS presos na Penitenciária de Lisboa.

28 de Agosto
Promulgação da Lei da Greve.

31 de Agosto
Por despacho conjunto do Ministério da Admnistração Interna e do Ministério do Equipamento Social é criado o SAAL vocacionado para intervir na área da habitação social. No processo SAAL colaboraram então alguns dos arquitectos portugueses hoje internacionalmente reconhecidos, como Siza Vieira e Alves Costa. Ficaram célebres as áreas de intervenção do Barredo no Porto, as de Setúbal e de Évora.

6 de Setembro
Acordos de Lusaka entre a FRELIMO e o Governo Português.

7 de Setembro
Tentativa de tomada de poder pelas forças neo-colonialistas em Lourenço Marques.

9 de Setembro
O Governo Português reconhece a Guiné-Bissau como país independente.

10 de Setembro
Apelo de Spínola à chamada Maioria Silenciosa, numa tentativa de procurar o apoio dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa. Em resposta a este apelo surgem na imprensa, dias mais tarde, notícias que anunciam para dia 28 uma manifestação de apoio a Spínola.

26 de Setembro
António de Spínola e Vasco Gonçalves assistem a uma corrida de toiros no Campo Pequeno. Vasco Gonçalves é apupado por manifestantes conotados com a Maioria Silenciosa.

28 de Setembro
Em resposta à anunciada manifestação da Maioria Silenciosa são organizadas barricadas populares junto às saídas de Lisboa e um pouco por todo o país. No final dessa noite, os militares substituem os civis nas barricadas. Mais de uma centena de pessoas, entre figuras gratas ao regime deposto, quadros da Legião Portuguesa e participantes activos da manifestação abortada da Maioria Silenciosa, são detidas por Forças Militares.

30 de Setembro
Apresentação da demissão do Presidente da República General António de Spínola e nomeação do General Costa Gomes.
Tomada de Posse do III Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves.

6 de Outubro
"Um dia de trabalho para a Nação" proposto pelo Primeiro Ministro. Um domingo é transformado em dia útil de trabalho oferecido gratuitamente pelos trabalhadores ao país. A adesão é significativa e o resultado financeiro desta campanha será dias mais tarde estimado pelas entidades oficiais competentes em cerca de 13000 contos.

27 de Outubro
O Governo anuncia as Campanhas de Dinamização Cultural, empreendidas pela 5ª Divisão do EMGFA com o objectivo de "cumprir integralmente o programa do MFA e colocar as Forças Armadas ao serviço de um projecto de desenvolvimento do Povo Português".

11 de Novembro
O Ministério da Educação e Cultura institui o Serviço Cívico Estudantil, ano vestibular antes da entrada definitiva no ensino superior e que mobilizou milhares estudantes para brigadas de alfabetização e de educação sanitária junto das populações.

7 de Dezembro
Por decisão do Governo é decidido o pagamento do 13º mês aos pensionistas do Estado.

9 de Dezembro
Tem início o renceamento eleitoral com vista à realização das primeiras eleições em liberdade.

13 de Dezembro
Os Estados Unidos concedem ao governo português um importante empréstimo financeiro no âmbito de um Plano de Ajuda Económica a Portugal.

                                               1975

15 de Janeiro
Acordos de Alvor entre o Governo Português e os Movimentos de Libertação Angolanos. Fixa-se a data da independência: 11/11/75.

28 de Janeiro
Militantes de vários grupos de esquerda cercam o Palácio de Cristal no Porto, local onde decorre o Congresso do CDS proíbe todas as manifestações durante o período em que se desenvolverão as manobras da NATO em Lisboa. O desembarque previsto para o dia 31 não chega a realizar-se.

2 de Fevereiro
Trabalhadores rurais ocupam terras abandonadas na herdade do Picote, em Montemor-o-Novo. Início da Reforma Agrária.

7 de Fevereiro
Grande manifestação operária em Lisboa contra o desemprego e contra a NATO.

21 de Fevereiro
Apresentação doPrograma Económico de Transição, elaborado por uma equipa chefiada pelo Major Ernesto Melo Antunes, com vista à recuperação económica do país.
22 de Fevereiro
O MFA reforça os seus poderes políticos chamando a si um direito de veto relativo a decisões políticas fundamentais.

7 e 8 de Março
Confrontações em Setúbal entre grupos políticos. A intervenção policial provoca dois mortos e obriga à intervenção do COPCON.

11 de Março
Divisões profundas entre oficiais do MFA. A ala spinolista é levada a tentar um golpe de estado. Insurreição na Base Aérea de Tancos e ataque aéreo ao Quartel do RAL1 . Fuga para Espanha do General Spínola e outros oficiais. Reforço da capacidade de intervenção do COPCON chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho.

12 de Março
São extintos a Junta de Salvação Nacional e o Conselho de Estado e em sua substituição é criado o Conselho da Revolução. O Governo dá início à execução de um grande plano de nacionalizações (Banca, Seguros, Transportes etc...).

26 de Março
Tomada de Posse do IV Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves.

11 de Abril
Plantaforma de acordo MFA/Partidos assinada por CDSFSPMDPPCP,PPDPS. O acordo visava o reconhecimento, por parte dos partidos, da necessidade de se manter a influência do MFA na vida política do país por um período de transição de três a cinco anos o qual terminaria por intermédio de uma revisão constitucional.

25 de Abril
Eleições para a Assembleia Constituinte com uma taxa de participação de 91,7%. Resultados dos Partidos com representação parlamentar: PS 37,9%; PPD 26,4%; PCP 12,5%; CDS 7,6%; MDP 4,1%; UDP 0,7%.

19 de Maio
Início do chamado Caso República . Raul Rêgo é afastado da direcção do jornal pelos trabalhadores, acusado de ter tornado o República no órgão oficioso do Partido Socialista.

25 de Maio
Ocupação pelos trabalhadores das instalações da Rádio Renascença, propriedade do Episcopado.

6 de Junho
Em Ponta Delgada realiza-se a primeira manifestação pública da Frente de Libertação dos Açores (FLA). Este movimento sem grande expressão e peso político reivindicava a autodeterminação dos Açores.

25 de Junho
Independência de Moçambique.

Julho
Reagindo ao curso dos acontecimentos e à situação criada no jornal República o Partido Socialista desencadeia manifestações de massas - a maior das quais foi a da Fonte Luminosa, abandonando o Governo em 16 de Julho. O Partido Popular Democrático segue-lhe o exemplo. Iniciam-se as diligências para a formação de novo Governo.

5 de Julho
Independência de Cabo-Verde.

8 de Julho
MFA divulga o Documento "Aliança POVO/MFA. Para a construção da sociedade socialista em Portugal."

12 de Julho
Independência de S. Tomé e Príncipe.

13 de Julho
Assalto à sede do PCP em Rio Maior. Têm aqui início uma série de acções violentas contra as sedes de partidos e organizações políticas de esquerda, registadas por todo o país mas com maior intensidade no Norte e Centro. Esta onda de violência conotada com as forças conservadoras ficou conhecida por Verão Quente.

27 de Julho
Fuga de 88 agentes da ex-PIDE/DGS da prisão de Alcoentre.

30 de Julho
É criado no Conselho da Revolução o Triunvirato que passa a orientá-lo. Constituem-no Vasco GonçalvesCosta Gomes e Otelo.

7 de Agosto
É divulgado o Documento Melo Antunes, apoiado pelo Grupo dos Nove, um grupo de militares que representava a facção moderada do MFA, e que se opõem às teses políticas do Documento Guia Povo/MFA apresentado em 8 de Julho.

8 de Agosto
Tomada de posse do V Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves.

10 de Agosto
Melo Antunes e apoiantes são afastados do Conselho da Revolução.

12 de Agosto
Aparecimento do "Documento do COPCON", em contraposição ao "Documento dos Nove", e reforçando a ideia de ser atribuído um papel político relevante às Assembleias Populares (democracia de base).

30 de Agosto
Vasco Gonçalves é demitido do cargo de Primeiro Ministro. Iniciam-se as negociações para a formação do VI Governo Provisório, PS/PPD/PC.

10 de Setembro
Desvio de 1000 espingardas automáticas G3 do DGM 6 em Beirolas.

11 de Setembro
Manifestação dos SUV no Porto, numa tentativa de criar no seio das Forças Armadas uma zona de influência adepta do Poder Popular de Base como advogavam alguns partidos da chamada esquerda revolucionária.

19 de Setembro
Tomada de posse do VI Governo Provisório, chefiado por Pinheiro de Azevedo.

21 e 22 de Setembro
Agudiza-se a luta política nas ruas: manifestação dos Deficientes das Forças Armadas com ocupação de portagens de acesso a Lisboa e tentativa de sequestro do Governo. Prosseguem as nacionalizações: SETENAVE e Estaleiros de Viana do Castelo.

25 de Setembro
Nova manifestação dos SUV em Lisboa. Na intenção de retirar poderes ao COPCON o Governo cria o AMI - Agrupamento Militar de Intervenção.

26 de Setembro
O Governo decide retirar ao COPCON "os poderes de intervenção para restabelecimento da ordem pública".

27 de Setembro
Manifestantes de partidos de esquerda assaltam e destroem as instalações da Embaixada de Espanha como medida de protesto contra a execução pelo garrote de cinco nacionalistas bascos, decidida pelo governo ditatorial do Generalíssimo Franco.

15 de Outubro
O Governo manda selar as instalações da Rádio Renascença, ocupada desde Maio pelos trabalhadores. Mas a ocupação mantém-se.

7 de Novembro
Por ordem do Governo, o recém criado AMI, faz explodir os emissores da Rádio Renascença.
Confrontos violentos na região de Rio Maior entre representantes das UCP's e Cooperativas Agrícolas da Zona de Intervenção da Reforma Agrária (ligadas ao sector do trabalhadores rurais) e representantes da CAP - Confederação de Agricultores Portugueses, instituição ligada aos interesses dos proprietários agrícolas.

11 de Novembro
Independência de Angola.

12 de Novembro
Manifestação de trabalhadores da construção civil cerca o Palácio de S.Bento sequestrando os deputados.

15 de Novembro
Juramento de bandeira no RALIS - os soldados quebram as normas militares que regulamentam os juramentos de bandeira e fazem-no de punho fechado.

20 de Novembro
O Conselho da Revolução decide substituir Otelo Saraiva de Carvalho por Vasco Lourenço no comando da Região Militar de Lisboa.
O Governo anuncia a suspensão das suas actividades alegando "falta de condições de segurança para exercício do governo do país".

Manhã de 25 de Novembro
Na sequência de uma decisão do General Morais da Silva, CEMFA, que dias antes tinha mandado passar à disponibilidade cerca de 1000 camaradas de armas de Tancos, paraquedistas da Base Escola de Tancos ocupam o Comando da Região Aérea de Monsanto e seis bases aéreas. Detêm o general Pinho Freire e exigem a demissão de Morais da Silva. Este acto é considerado pelos militares ligados ao Grupo dos Nove como o indício de que poderia estar em preparação um golpe de estado vindo de sectores mais radicais, da esquerda. Esses militares apoiados pelos partidos políticos moderados PS e PPD, depois do Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes ter obtido por parte do PCP a confirmação de que não convocaria os seus militantes e apoiantes para qualquer ação de rua, decidem então intervir militarmente para controlar inequivocamente o destino político do país. Assim:

Tarde de 25 de Novembro
Elementos do Regimento de Comandos da Amadora cercam o Comando da Região Aérea de Monsanto.

Noite de 25 de Novembro
O Presidente da República decreta o Estado de Sítio na Região de Lisboa. Militares afetos ao governo, da linha do Grupo dos Nove, controlam a situação.
Prisão dos militares revoltosos que tinham ocupado a Base de Monsanto.

26 de Novembro
Comandos da Amadora atacam o Regimento da Polícia Militar, unidade militar tida como próxima das forças políticas de esquerda revolucionária. Após a rendição da PM, há vítimas mortais de ambos os lados.
Prisões dos militares revoltosos..

27 de Novembro
Os Generais Carlos Fabião e Otelo Saraiva de Carvalho são destituídos, respectivamente, dos cargos de Chefe de Estado Maior do Exército e de Comandante do 
COPCON.
O General António Ramalho Eanes é o novo Chefe de Estado Maior do Exército.
Por decisão do Conselho de Ministros a Rádio Renascença é devolvida à Igreja Católica.

28 de Novembro
O VI Governo Provisório retoma funções. O Conselho de Ministros promete o direito de reserva aos donos de terras expropriadas.

7 de Dezembro
A Indonésia invade e ocupa o território de Timor.




                                                    1976

1 de Janeiro
PSP intervém, junto à prisão de Custóias, para dispersar a manifestação de solidariedade com os militares presos após o 25 de Novembro de que resultam três mortos e seis feridos.

3 de Janeiro
A imprensa francesa denuncia que no seguimento da invasão de Timor pela Indonésia já teriam morrido cerca de 60000 timorenses.

19 de Janeiro
Prisão de Otelo Saraiva de Carvalho após a divulgação do Relatório Preliminar dos acontecimentos de 25 de Novembro. Alegadamente Otelo estaria implicado no possível golpe militar de esquerda. Será libertado a 3 de Março sem que as acusações se confirmassem.

22 de Janeiro
O jornal República é devolvido à anterior direcção.

23 de Janeiro
Lock-out na Fábrica Timex.
26 de Janeiro
Revisão do Pacto MFA/Partidos. Assinam o CDS o MDP/CDE, o PPD e o PS.

29 de Janeiro
Operários da Timex entram de novo em greve.

Ainda em Janeiro
Tem início uma série de atentados bombistas reivindicados pela extrema direita portuguesa, ELP e MDLP que se prolongará por vários meses e cujos alvos são instituições e personalidades ligados a sectores da esquerda. O julgamento dessas acções ainda hoje decorre sendo conhecido como Caso da Rede Bombista.

20 de Fevereiro
Grande manifestação popular em Lisboa pela libertação dos militares presos em consequência dos acontecimentos de 25 de Novembro.

2 de Abril
Aprovação pela Assembleia Constituinte da Constituição da República de 1976.

25 de Abril
Eleições legislativas. Resultados dos Partidos com representação parlamentar: PS 35%; PPD 24%; CDS 15,9%; PCP 14,6%; UDP 1,7%.

27 de Junho
Eleições presidenciais. António Ramalho Eanes é o primeiro Presidente da República constitucionalmente eleito com 61,5% dos votos. Resultados dos outros candidatos mais votados: Otelo Saraiva de Carvalho 16,5%; Pinheiro de Azevedo 14,4%; Octávio Pato 7,5%.

23 de Setembro
Tomada de Posse do I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares.

Fonte:

Centro de documentação do 25 de Abril http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=ano1976