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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

TUBERCULOSE

TUBERCULOSE





A tuberculose - chamada antigamente de "peste cinzenta", é conhecida também como tísica pulmonar ou "doença do peito" - é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a Humanidade nos dias atuais. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de koch. Estima-se que a bactéria causadora tenha evoluído há milhares de anos, a partir de outras bactérias do gênero Mycobacterium.
No século XIX pensou-se em isolar os pacientes da tuberculose num sanatório  localizado numa zona de ares limpos. O primeiro foi construído em Silelsia em 1859 por Hermann Brehmer. Em 1884, Edward Livingston Trudeau criou o primeiro sanatório nos Estados Unidos. As pessoas infectadas foram isoladas da sociedade e tratadas com cuidados especiais e nutrição melhorada.







Vacina para a tuberculose
Nos 1880 Louis Pasteur inventou a vacina contra o antraz, a cólera de galinha, e posteriormente da raiva. Em 1908, os cientistas Franceses Albert Calmette e Camilo Guerin trabalharam o bacilo de Koch a fim de diminuir a  virulência e aumentar a capacidade de produzir a imunidade. Surgiu, então, a vacina BCG assim nomeado devido aos seus fundadores. A BCG foi introduzida em 1921.

Tuberculose Hoje
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), dois bilhões de pessoas o que corresponde a um terço da população mundial já teve contato com o agente causador da tuberculose. Destes, oito milhões desenvolverão a doença e dois milhões morrerão, a cada ano.
A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e generalizada da doença. Porém, o bacilo da tuberculose pode afetar também outras áreas do nosso organismo, como, por exemplo, laringe, os ossos e as articulações, a pele (lúpus vulgar), os glânglios linfáticos (escrófulo), os intestinos, os rins e o sistema nervoso. A tuberculose miliar consiste num alastramento da infeção a diversas partes do organismo, por via sanguínea. Este tipo de tuberculose pode atingir as meninges (membranas que revestem a medula espinhal e o encéfalo), causando infecções graves denominadas de "meningite tuberculosa".

Em diversos países houve a ideia de que por volta de 2010 a doença estaria praticamente controlada e inexistente. No entanto, o advento do HIV e da AIDS mudaram drasticamente esta perspectiva. No ano de 1993, em decorrência do número de casos da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de emergência global e propôs o DOTS (Tratamento Diretamente Supervisionado) como estratégia para o controle da doença.



Sintomas de Tuberculose
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados com tuberculose, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são:
tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando.se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue
cansaço excessivo
febre baixa geralmente à tarde
sudorese noturna
falta de apetite
palidez
emagrecimento acentuado
rouquidão
fraqueza
prostração.
Os casos graves de tuberculose apresentam:

dificuldade na respiração
eliminação de grande quantidade de sangue
colapso do pulmão
acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.




Tuberculose em números
Actualmente, a tuberculose continua um problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas todos os anos e continua a ser a segunda maior causa de morte por doença infecciosa, a seguir ao vírus da imunodeficiência humana (VIH). Declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma emergência mundial, a tuberculose é uma doença contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
Transmite-se por via aérea, afetando sobretudo os pulmões, mas pode atingir qualquer parte do corpo.  “A bactéria pode viver em estado latente, não prejudicando a vida da pessoa. Apenas uma em cada dez pessoas infetadas desenvolve a doença, explica Gil Castro, professor e investigador no ICVS.
Hoje apesar da doença ter tratamento e a maioria das mortes poder ser prevenida, a mortalidade associada à tuberculose é ainda estimadamente de 1,5 milhões de mortes e 9 milhões de novos casos em 2013, maioritariamente nos continentes asiático e africano. No entanto, estima-se que 37 milhões de vidas tenham sido salvas no século XXI.
As metas definidas pela OMS propõem a erradicação da doença em 2050
Uma nova preocupação surge com a prevalência da referida TB-MR, uma forma de tuberculose resistente ao tratamento com antibióticos, cujos números triplicaram nos últimos cinco anos a nível mundial. “A tuberculose é habitualmente curável através de um tratamento de, pelo menos seis meses, mas a TB-MR é mais difícil de tratar e, nos casos piores, incurável”, esclarece Raquel Duarte.

Em Portugal
A tuberculose tem vindo a diminuir . Os dados de 2014 apontam que, “pela primeira vez desde que há registos”, Portugal ficou abaixo da barreira, tida como “linha vermelha”, dos 20 novos casos por 100 mil habitantes. Portugal era, até ao momento, o único país da Europa Ocidental com níveis de incidência de tuberculose superiores a este valor, que corresponde ao limiar de baixa incidência definido internacionalmente.

Os dados provisórios notificados à DGS indicam 1940 novos casos de tuberculose em 2014, o que corresponde a uma redução da taxa de incidência dos 21,1 novos casos por 100 mil habitantes registados em 2013 para os 18,7 casos. No entanto, as directivas mais recentes da OMS apontam para uma redução do limiar de baixa incidência para metade, o que coloca Portugal novamente como um país de incidência intermédia.
O relatório “Portugal no grupo dos 20 - centrar a atenção nos grandes centros urbanos”, emitido por ocasião do Dia Mundial da Tuberculose (24 de Março) revela que a doença continua a ser difícil de abordar pela “concentração nos grandes centros urbanos” e pela associação a “grupos de risco”. “A crise sócio-económica actual tem retardado os progressos no controlo da doença”, declara Hélder Bastos. Os dados da DGS, que relacionam a incidência de tuberculose com o desemprego, mostram que, por cada mil desempregados em cada 100 mil habitantes, se soma mais um caso desta doença.
Segundo Raquel Duarte, a distribuição nacional é “muito assimétrica e prevalece maioritariamente nos grandes centros urbanos”, dos distritos do Porto e Lisboa, “que continuam a ter incidências superiores à média nacional”.
A doença surge associada a vários factores de risco, como é o caso da infecção por VIH, do alcoolismo e toxicodependência, de situações de imunossupressão ou malnutrição e de doenças como a diabetes e o cancro. No entanto, na maioria dos casos, “não há nenhum factor de risco conhecido, o que significa que a doença continua a ser transmitida na comunidade”, diz Gil Castro.

Embora tenham sido feitos avanços consideráveis, é ainda necessário um progresso e investimento substanciais na investigação de métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento mais rápidos e eficientes.






A tuberculose continua a ser temida pelo risco de contágio e estigmatizada pela sua associação a factores sociais como a pobreza e malnutrição, a toxicodependência e o alcoolismo, para além do VIH. “Em pleno século XXI, a doença surge carregada de simbolismo e associada a vários mitos e estigmas enraizados na sociedade”, relata Cátia Martins, autora de um estudo sobre a perspectiva do doente de tuberculose em Portugal.


JÚLIO DINIS E A TUBERCULOSE


Joaquim Guilherme Gomes Coelho contraiu a tuberculose muito cedo.
Teve oito irmãos que faleceram de tuberculose. A mãe, também, foi vitimada pela mesma doença, quando Júlio Dinis tinha cerca de seis anos de idade. Ele próprio acabou por morrer de tuberculose.


A sua tese de licenciatura intitulou-se:  "Da Importância dos Estudos Meteorológicos para a Medicina e Especialmente de Suas Aplicações no Ramo Cirúrgico". Para a levar a cabo precisou, certamente, do observatório existente na Escola Médico-Cirúrgica, a funcionar no Hospital de Santo António, que frequentava e que foi o primeiro existente no país.






Com este estudo pretendia pesquisar a influência de determinados tipos de clima na cura e prevenção de dores, em particular da tuberculose.


Webgrafia:

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose - 13 de outubro de 2015