Resumos de história
As
Revoluções liberais; A industrialização e os movimentos culturais no século
XIX.
Texto elaborado pela Mariana Oliveira do 9º B, corrigido e ampliado por mim.
As
revoluções liberais puseram fim ao Absolutismo que defendia que os poderes
deviam estar concentrados na pessoa do rei. O Liberalismo acredita na soberania
popular, na liberdade e igualdade e pensa que os poderes devm estar divididos:
legislativo entregue ao Parlamento ou Cortes; executivo entregue ao rei ou
presidente e judicial entregue aos tribunais. Neste regime deixa de existir as
Ordens sociais: Clero e Nobreza, ordens privilegiadas e povo e passam a existir
sociedades de classes: Burguesia, Classe Média e Povo (formado pelos operários,
camponeses e mendigos).
1.1 No
séc. XVII verificaram-se importantes alterações na agricultura de algumas
regiões do norte da Europa (ex. Holanda e Inglaterra).
Os campos até então eram comuns a toda a
população. Poucos campos eram cercados.
A partir do séc. XVII os campos que até
então não estavam cercados foram distribuídos pela nobreza e pela burguesia e
foram cercados de sebes, as enclosures que foram semeadas de pastagens para o
gado ovino: carneiros.
Formaram-se então grandes propriedades
agrícolas a sul e sudoeste do país, onde se introduziram novas culturas,
melhoramentos técnicos (como o afolhamento quadrienal) e maquinaria (semeador
mecânico).
Muitos camponeses que levavam os seus
gados a pastar nos campos comuns, agora privados deles, migraram para a cidade,
onde engrossaram a mão de obra disponível.
1.2 Todas
estas alterações levaram ao aumento da produtividade e à melhoria das condições
de alimentação da população.
1.3 A população
inglesa aumentou devido a vários fatores tais como: melhoria da alimentação
(devido as inovações na agricultura), melhoria das condições de habitação
(casas de tijolo e de telha em vez de madeira e do colmo), da higiene (uso do
sabão), diminuição da mortalidade infantil (descoberta da vacina contra a
varíola).
1.4 Os fatores
essênciais ao arranque da industrialização em meados do sec.XVII foram os
progressos agrícolas que forneceram lã para alimentar a indústria têxtil; os amplos mercados controlados pelos ingleses
no ultramar, os recursos naturais em carvão de hulha e ferro, a abundância de
capitais e de mão-de-obra ( vinda dos campos para a cidade) as condições
politicas e sociais favoráveis à livre iniciativa e liberdade da concorrência e
ainda as condições naturais favoráveis ao escoamento dos produtos, canais,
rios, portos e o facto da Inglaterra ser uma ilha.
1.5 A Inglaterra
dispunha de boas condições naturais que facilitava o transporte.
Mas para alem das boas condições
naturais, a Inglaterra introduziu grandes melhorias nas vias de comunicação: na
construção de estradas e na construção de canais.
2.1
Ao longo do antigo regime, a indústria, deu-se pela passagem da etapa do
artesanato e da manufactura (todo o trabalho era feito a mão) até meados do
sec.XVII quando se deu a maquinofatura (o principal papel na produção passou a pertencer
às máquinas).
2.2
A industrialização iniciou-se nos sectores têxtil (lanifícios e algodoeiro) e
metalúrgico.
Entre os grandes progressos técnicos,
destaca-se a máquina a vapor (1769), cuja energia foi aplicada no
desenvolvimento de outras máquinas.
A utilização de máquinas levou a um
aumento da produção de tecidos e de objetos de ferro e a melhores condições nas
minas ( ex: máquinas de enxugar a água das minas)
2.3
Com a mecanização da produção o número de trabalhadores diminuiu, o que causou
as “revoltas luditas”, nos finais
do sec.XVII que consistiram em grupos de
operários destruírem as máquinas e instalações em protesto contra o desemprego,
de forma desorganização. Uma destas revoltas foi dirigida por John Ludd,
Luditas.
3.1 Em resultado do desenvolvimento industrial, a
paisagem de Inglaterra alterou-se (passou da a existir a Inglaterra verde e a
Inglaterra negra, cheia de poluição das indústrias) .
Nas
primeiras décadas a industrialização já tinha provocado graves problemas
ambientais como a poluição do ar e das águas do rio.
3.2
os trabalhadores que viviam nos centros mineiros e industrias, enfrentavam
difíceis condições de vida.
O
horário de trabalho era longo e muitas vezes sem descanso ao domingo.
As
instalações não tinham condições de higiene nem de segurança.
Os
operários alimentavam-se mal e moravam em habitações insalubres e pouco
arejadas.
A
população por falta de condições estavam sujeitas a muitas doenças como a
tuberculose.
As
dificuldades económicas dos operários provocavam também sérios problemas sociais.
1.1 Entre
1830 e 1870, desenvolveu-se a “ idade do caminho-de-ferro” iniciada em
Inglaterra e depois continuada por outros países industrializados do mundo.
A revolução dos transportes implicou um grande
desenvolvimento da indústria metalúrgica e o predomínio da maquinofatura sobre
a manufatura.
Para alem da revolução dos transportes, esta 2
fase da revolução industrial caracterizou-se por:
·
Grande desenvolvimento do sector metalúrgico
·
O número de ofícios mecânicos tornou-se maior
que os ofícios manuais
1.2 A expansão
dos caminhos-de-ferro e o crescimento do tráfego marítimo impulsionaram a
economia, levando à formação de amplos mercados nacionais e aceleraram as
trocas intercontinentais; a rapidez de transporte dos produtos e a
possibilidade dos produtos chegarem frescos a lugares longínquos acelerou as
trocas.
1.3 Cerca
de 1870, iniciou-se a “idade da eletricidade e do petróleo”, também conhecida
por 2ª revolução industrial: novas fontes de energia (eletricidade e petróleo),
novas maquinas (turbinas, dínamo motor de explosão), novas indústrias
(siderurgia, química, material elétrico).
1.4 . No
final do século XIX, além da Inglaterra, potências como a Alemanha, a França e
a Bélgica que tinham feito a sua revolução industrial cresciam apoiadas nos
seus impérios coloniais que forneciam matérias primas, mão de obra baratas e
mercados certos. Os E.U. A. Emergiam industrialmente apoiados na descoberta de petróleo,
nesse continente. O Japão apoiava-se também na política imperialista.
1.5 O
desenvolvimento da revolução industrial foi impulsionado por uma nova doutrina-
o liberalismo económico (livre iniciativa e não - intervenção do estado na
economia das nações)
1.6 Capitalismo
comercial: 1º fase da industrialização
Capitalismo industria e
financeiro l: 2ª e 3ª fase da
industrialização
è
O capitalismo financeiro é um sistema económico
que apresenta como característica principal a subordinação dos meios de
produção para a acumulação de dinheiro e obtenção de lucros ao mercado
financeiro.
2.1 No
séc. XIX, os avanços da ciência e da técnica fizeram melhorar a qualidade de
vida das populações.
2.2 Entre
outros progressos destacaram-se os ocorridos na medicina e na física e as
inovações nos equipamentos domésticos, nas comunicações e nos espaços públicos
das cidades.
2.3. O
desenvolvimento da indústria e das cidades levou ao surgimento da arquitetura
do ferro: estações de caminho de ferro, mercados, pontes e outras obras ou
estruturas metálicas.
2.4 romantismo:
(liberdade e natureza)
à exaltação de sentimento
è
Valorização da natureza
è Defesa
dos valores nacionais e da História, sobretudo da Idade Média como génese das
nações e dos valores da liberdade ( Revoluções Liberais)
Realismo:
(crítica a sociedade)
è
Objetividade
è Realidade
social
Impressionismo:
(arranque da arte moderna)
è Procura
transmitir a impressão do olhar sobre a realidade isto é o movimento, a cor e a
luz, através de manchas, pintas ou cor contrastante ou quente.
1.1 Ao
longo do sec. XIX a população europeia registou um forte aumento devido à
melhoria da alimentação e aos progressos da medicina, entre outros aspetos.
1.2 As
cidades industrializadas atraíram as populações rurais (êxodo rural) o que
levou à criação de redes de abastecimento de água, de esgotos, de transportes
urbanos.
Em
simultâneo com o crescimento urbano, deu-se um grande surto de emigração em
especial para as Américas.
2.1. A
burguesia defende a livre iniciativa, o direito à propriedade e cultivo valores
próprios.
É
constituída por diferentes estratos sociais – a alta burguesia e as chamadas
classes médias (média e pequena burguesia).
2.2. O
número de membros das classes medias cresceu ao longo do seculo XIX: os seus
membros dominavam em geral a cultura, dedicavam-se às profissões liberais:
advogados; médicos; professores e
serviços. Orientavam a classe operária do ponto de vista filosófico.
3.1. A
vida dos operários era dura (horários de trabalho longo, mal pagos, desemprego
elevado, alimentação insuficiente e habitação sem condições).
3.2 Os
abusos do capitalismo liberal (exploração
dos trabalhadores) levam à
criação do movimento operário que cria sindicatos que lutam pela melhoria das
condições de vida e trabalho dos operários com recurso a greves e manifestações
e à criação de partidos operários que lutam pela obtenção do direito de voto.
Em
relação à miséria do proletário e à sua exploração pela burguesia, surgiram
propostas socialistas que acredita que o trabalho deve contribuir para o bem-
estar de todos e não de uma minoria. Este divide-se em:
- Socialismo
Utópico que pretendia a mudança da sociedade através de reformas e é defendido
por: Robert Owen; Saint-Simon; Fourier e Proudhon.
-
Socialismo Científico que pretendia que os trabalhadores conscientes da sua
classe devem empreender uma luta contra a burguesia com o objectivo de derrubar
o capitalismo e instituir a sociedade sem classes. É Defendido por Karl Marx e
F. Engels dois filósofos alemães autores da obra “Manifesto Comunista”.