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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

....e depois nasceram papoilas



Vamos tentar fazer uma papoila para colocar na camisola ?




Precisamos de um molde de papel; pano de feltro ou Eva; fio preto de croché nº12 ou então vulgar fio de coser preto; pompons pré-comprados e alfinete de dama ou dos de coser.



Riscamos o molde, duas vezes, em cima de pano de feltro vermelho.


Cortamos, depois, as duas pétalas obtidas


Damos um pequeno corte a meio, de cada lado da pétala para sobrepor um lado sobre o outro e a pétala não ficar achatada. 







Podem usar colar de gel ou cola quente.



 Sobrepoem, depois, a pétala uma sobre a outra.





Agora, com fio preto, mais grosso ou mais fino, conforme o gosto, vamos fazer os estames. Podemos enrolar sobre dois dedos, 7 vezes fio grosso ou 12 de fio fino, isto duas vezes. Pode, também, ser usado um retângulo de cartão ou cartolina, para o mesmo efeito.








Cruzamos, então, os fios sobre a estrutura já existente e prendemo-los com o fio enfiado na agulha.




Passamos, então, fio de um lado a outro de um pompom, várias vezes, e em várias direções.

Para fazer o pompom, podemos usar pompons pré-comprados.



Por fim, cortamos o excesso de fio para equilibrar os estames.



O alfinete pode ser cosido atrás ou simplesmente, espetado. Aqui temos as duas espécies de alfinetes.




Papoila com fio fino


Papoila com fio grosso


Gostas de croché?


Podes esperimentar fazer esta:









Agora, só tens que pesquiser o simbolismo da papoila e a razão pela qual muitos povos a usam,em finais de outubro e durante o mês de novembro.


Bom trabalho!


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O papel da Mulher na primeira Guerra Mundial

       



Trabalho em fábrica de curtumes

Trabalho em fábrica de produtos elétricos


Trabalho em fábricas de peças para caldeiras e condensadores

Mulher a inspecionar um motor elétrico



Inpetora a inpecionar a funcionalidade das máscaras

Mulher a trbalhar em kaboratório químico

Mulher a trabalhar na construção de aviões


Mulher a soldar na indústria da aviação

Mulheres a pintar a asa de um avião

Mulher a trbalhar com niytato de amónia

Mulheres a carregar cal

Mulher operadora de quindaste

Mulheres a pintar veículos de guerra


Mulher a usar serra circular

Mulher a usar serra circular

Mulher a trbalhar com nitrato de sódio

Mulheres a fabricar artilharis

Mulheres a fabricar artilharia

Mulher voluntária na Cruz Vermelha

Mulher enfermeira



Durante a Primeira Guerra Mundial, enquanto os homens se deslocavam em massa  para os campos de batalha, as mulheres de classe média e alta passaram a trabalhar fora de casa.
No campo as mulheres tomaram conta da produção agrícola e da criação de animais, gerindo a casa. As que viviam nas cidades foram trabalhar nos transportes, conduzindo autocarros e  camiões, e nas indústrias, entre elas a bélica. Muitas mulheres  ofereceram-se como voluntárias para os campos de batalha para trabalhar como enfermeiras, cozinheiras, motoristas de ambulâncias e outas funções.
No final da Guerra a Mulher pode conquistar algumas vitórias como o direito a voto ou o estatuto de poder trabalhar fora de casa e a independência financeira.
Muitas mulheres conseguiram melhores condições de trabalho e conquistaram o direito de poder estudar em universidades.
Também ocorreram mudanças significativas no comportamento feminino. As mulheres alcançaram a liberdade de poder sair sozinhas e conduzir automóveis, passaram a usar roupas mais confortáveis e aderiram ao uso de cosméticos.     
Quando se inicou a Primeira Guerra Mundial em 1914, muitos homens foram mobilizados, tendo, então que ser a mulher a assumir funções até ali masculinas como sejam: o trabalho em  fábricas para tarefas diversas, e mesmo o fabrico de armamento, como tanques, navios, aviões, minas munições várias, bem como máscaras de gás.
Além disso, as mulheres assumiram o papel de agentes de trânsito, policias, caixas bancárias secretárias e muitas outras funções.


                                    Novos hábitos, nova moda depois da guerra




As armas da 1ª Guerra Mundial



A informação que transcrevo, abaixo tem como objetivo a sua leitura e resumo.

Numa fase posterior, poderás enriquecer esse trabalho com as ilustrações que aqui se reproduzem.



"Criada no século XVII, a baioneta, que consiste em uma espécie de punhal atado a uma arma de fogo, geralmente um rifle, não foi de grande uso prático na Primeira Guerra, devido ao avanço tecnológico bélico e uso de outras armas mais letais. Ainda sim, era bastante comum entre os soldados de todas as nações envolvidas no conflito. Considera-se que tinha mais efeito psicológico que prático.





Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra


O lança-chamas foi introduzido pelos alemães no começo da guerra e inicialmente causou terror entre as tropas adversárias, que também passaram a adotá-lo pouco depois. De curto alcance, era usado pelos soldados principalmente para abrir caminho para os colegas de infantaria, que vinham logo atrás – no começo da guerra, os lança-chamas usados pelos alemães eram manuseados por bombeiros.

Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra



O morteiro foi outro armamento antigo que ganhou uma nova concepção na Primeira Guerra Mundial, caracterizada pela batalha de trincheiras. Sua principal vantagem é que poderia ser disparado de uma posição relativamente segura, dentro da própria trincheira, evitando uma exposição desnecessária diante do inimigo. Consequentemente, quando lançado com sucesso, o morteiro caía exatamente dentro da trincheira inimiga, fazendo muitas vítimas.

Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra


A Primeira Guerra Mundial foi responsável pela popularização do uso de granadas em combates - o sucesso fez com que sejam bastante empregadas até os dias atuais. No primeiro ano do conflito, no entanto, eram utilizadas granadas pouco sofisticadas, e em pequena escala.
 A partir de 1915, no entanto, a produção em massa e o avanço tecnológico levaram ao uso de milhões de unidades durante os combates. O número e frequência de ataques com granadas foi crescendo ao longo da guerra, se tornando um componente muito importante de todo movimento de infantaria dos exércitos.
 A granada era muito eficaz no ataque às trincheiras e túneis adversários. Podiam ser lançadas à mão ou por meio de rifles, de uma distância maior. Eram detonadas basicamente de duas maneiras: por impacto ou por meio de um temporizador, sendo esta a preferida pelas tropas, devido principalmente ao menor risco de explosão por acidente.


Foto: Getty Images - Arte/Terra


As pistolas e revólveres eram usados majoritariamente por oficiais, policiais militares e pelo pessoal que atuava em tanques e aviões, já que para estes era quase impraticável transportar um rifle – arma carregada por quase todo soldado na guerra.
 A pistola considerada a mais famosa da Primeira Guerra Mundial foi a Luger, usada pelo exército alemão – era considerada um troféu quando capturada pelos aliados. A Webley, no entanto, utilizada pelos britânicos, não ficou muito atrás em termos de reputação.


Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra



Apesar dos avanços tecnológicos no período, o rifle se manteve como o armamento mais crucial para o trabalho de um soldado, sempre presente em qualquer unidade de infantaria. Era com os rifles que os soldados participavam das ações de ataque e defesa, bem como dos períodos de folga entre as batalhas. Além dos soldados comuns, ganharam fama na guerra os chamados snipers – atiradores de elite de grande precisão. Em uma guerra de trincheiras, onde as posições eram bem guardadas e protegidas, a mira desses snipers foi responsável por muitas mortes no conflito. Presente em todos as frentes, os atiradores tinham um importante papel em minar a moral do inimigo – talvez por isso, não podiam contar com a clemência dos adversários quando eram capturados.



Criada no século XIX, a metralhadora ganhou verdadeira alma e fama durante a Primeira Guerra Mundial. Arma de fogo automática, capaz de disparar sucessivamente, a metralhadora dominou e personificou os campos de batalha do conflito. Sua capacidade para abater ou deter rapidamente um grande número de adversários mudou a história das guerras travadas até então, e garantiu sua presença nos conflitos que vieram a seguir.
 Os alemães foram os primeiros a perceber o potencial das metralhadoras, já no início da guerra. Os adversários logo se deram conta de seu poder e passaram a utilizar o armamento em larga escala.
 Devido ao tamanho e peso, necessidade de muita munição e mecanismos de resfriamento, as metralhadoras se destacaram pelo desempenho defensivo: seu uso era altamente eficaz contra os assaltos de infantaria inimiga. Quando bem posicionadas, principalmente em trincheiras fortemente protegidas, as metralhadoras podiam ser consideradas quase intransponíveis.
    



Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra



Os tanques demoraram em fazer a sua “estreia” na Primeira Guerra Mundial. Ainda em fase de desenvolvimento no início do conflito, as primeiras unidades, utilizadas pelos britânicos, só foram vistas em campos de batalha em 1916. Apesar da surpresa e pânico causados entre os alemães, os tanques não tiveram grande sucesso inicial, uma vez que ainda era muito comum que quebrassem e ficassem presos nos lamacentos palcos de combate.


Entre o final de 1917 e começo de 1918, os tanques passaram a ser produzidos pelos principais protagonistas da guerra – Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos – depois de observar o desempenho do equipamento em combates. Os alemães, apesar do histórico de vanguarda no desenvolvimento bélico, não se convenceram muito da utilidade dos tanques, e pouco os utilizaram.

Foi em 1918, já no último ano da guerra, que os tanques passaram a ser usados em maior escala e de forma parecida com a que vemos atualmente, ou seja, como parte de um esforço coordenado envolvendo artilharia, tanques e aviões de guerra, todos alinhados para abrir caminho entre as tropas inimigas e permitir o avanço da infantaria.


Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra







O uso esporádico de armas químicas precede a Primeira Guerra Mundial. No entanto, foi nesse conflito que seu emprego ganhou notoriedade, graças à quantidade e amplitude com que foram utilizadas. Os primeiros a usarem granadas de gás não letal foram os franceses, no início do conflito, para conter uma ofensiva alemã. Mas foram os germânicos os primeiros a empregarem armas químicas em larga escala, e por isso são comumente associados a elas.

Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra

A introdução do gás venenoso na guerra aconteceu em 22 de abril de 1915, em Ypres, na Bélgica. Em um ataque contra tropas da França e Argélia, a Alemanha lançou um bombardeio com um gás verde e amarelo, que seria o gás cloro. Apanhados de surpresa, franceses e argelinos inalaram o gás e quase que instantaneamente começaram a passar mal, sofrendo com problemas respiratórios.

O ataque, no entanto, não representou grande vantagem para os alemães. Em pânico, muitos soldados franceses e argelinos fugiram e abandonaram os seus postos, mas o medo dos efeitos do gás entre a própria tropa alemã, além da falta de reforços, impediu um avanço maior dos germânicos nessa batalha. Apesar da condenação e recriminação de toda comunidade internacional por conta do ataque, pouco depois desse episódio franceses e britânicos também passaram a utilizar armas químicas, transformando cientistas em protagonistas do conflito.
 
Gás mostarda




O uso de armas químicas atingiu outro nível quando os alemães desenvolveram o gás mostarda. Difícil de detectar no início e quase inodoro, provoca rapidamente vômitos, problemas de pele e respiratórios, e em alguns casos até cegueira temporária. O gás mostarda foi utilizado pela primeira vez em 1917, contra os russos, sendo lançado pela artilharia.

Ainda que outros gases tenham sido empregados, como o bromo e o nervoso (obtido do ácido cianídrico), o mostarda, o cloro e o fosgénio foram os principais durante a Primeira Guerra Mundial. Estima-se que os ataques com armas químicas deixaram mais de 90 mil mortos, a maioria entre as tropas russas.

Para se proteger, os soldados inicialmente colocavam algodão, mergulhado em uma solução de bicarbonato de sódio, sob o rosto. O uso de panos encharcados de urina também se mostrou eficaz contra os efeitos do cloro. A partir de 1918, as tropas dos dois lados já estavam mais preparadas para se proteger dos gases, com o uso de máscaras, o que diminuiu consideravelmente o número de mortes provocadas pelos agentes químicos até o fim da guerra.

Os horrores e a repulsa causados pelos gases venenosos levaram à sua proibição internacional, em 1925, no Protocolo de Genebra. No entanto, foram usadas, posteriormente, em vários conflitos desde então, como no Iraque - em confronto contra o Irã e minorias curdas, na década de 80 -, e na Síria, mais recentemente.

Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra




No início da Guerra, a aviação ainda dava seus primeiros passos, e a indústria não era muito desenvolvida. Os generais destinavam as aeronaves mais importantes para missões de observação e reconhecimento do que propriamente como armas de guerra. Terminado o conflito, os aviões, depois de grande desenvolvimento e impulso tecnológico, mostraram seu valor e se configuravam em dos principais elementos do planejamento estratégico militar.

Os principais modelos utilizados na Primeira Guerra Mundial foram:
- Ilya Muromets, integrante do famoso esquadrão russo Escadra Vozdushnykh Korabley, conhecido pela sigla EVK;
- na França, tiveram destaque o Voisin e o Breguet 14;
- os britânicos produziram vários modelos que desempenharam importante papel na guerra, como o Sopwith 1½ Strutter, o BE2c, o DHA e os aviões da série Handley Page, principalmente o O/100.








A Alemanha, por sua vez, chegou a apostar um tempo no famoso dirigível Zeppelin, até privilegiar o uso dos bombardeiros Gotha e Zeppelin-Staaken Riesenflugzeug, apelidado de Gigante e de grande impacto no conflito – militar e psicológico.



O salto mais significativo do século XX na tecnologia de armas tradicionais foi o aumento da letalidade da artilharia devido a melhorias no projeto, alcance e munição das armas – fato que ficou muito claro na Grande Guerra, quando a artilharia matou mais pessoas do que qualquer outra arma.

Veja: Cinco fatos esquecidos sobre a Primeira Guerra Mundial

Alguns canhões podiam atirar projéteis tão longe que os operadores tinham que levar em conta a rotação da terra ao traçar o fogo. Entre as armas de campo menores, o canhão francês de 75 mm desenvolveu uma reputação entre seus oponentes alemães como a “Arma do Diabo”. Os comandantes franceses alegaram que esse canhão venceu a guerra.

Em 22 de abril de 1915, a artilharia alemã disparou cilindros contendo gás cloro na área de Ypres, o começo dos ataques com gás na Primeira Guerra Mundial. Outras nações correram para criar seus próprios gases no campo de batalha, e ambos os lados encontraram maneiras de aumentar a severidade e a duração dos gases que atiraram nas tropas inimigas.

O gás cloro atacou os olhos e o sistema respiratório; gás mostarda fez o mesmo, mas também causou bolhas em qualquer pele exposta. Comparativamente poucos homens morreram por causa do gás. A maioria retornou ao serviço ativo após o tratamento, mas a arma incapacitou um grande número de tropas temporariamente e espalhou o terror onde quer que fosse usada.

O uso de armas químicas foi proibido pela lei internacional após a guerra, mas tem sido usado em alguns conflitos posteriores, como a Guerra Irã-Iraque (1980-88).

Grã-Bretanha, França, Rússia e Estados Unidos da América desenvolveram forças submarinas antes que a Alemanha iniciasse o desenvolvimento de seus Unterseeboot, em 1906. Os U-boats de longo alcance foram desenvolvidos e a qualidade do torpedo melhorou durante a guerra. Os submarinos podiam disparar seus torpedos por baixo das ondas. Foi feito um esforço malsucedido após da guerra de proibir o uso dos submarinos na guerra, como foi feito com gás venenoso.

Uma das armas mais importantes de um exército, o Carro de combate se tornou realidade durante a Primeira Guerra Mundial.


“Tank” era o nome que os ingleses usavam enquanto desenvolviam secretamente a arma, e ela ficou paralisada, embora os franceses desenvolvessem simultaneamente o veículo blindado leve Renault RT, que possuía uma torre transversal, ao contrário dos projetos britânicos.


O primeiro tanque britânico ( “Little Willie“) pesava aproximadamente 14 toneladas, tinha uma velocidade máxima de três mph, e quebrava com freqüência. veículos melhorados foram implantados durante a guerra, mas os colapsos continuaram sendo um problema significativo que levou muitos comandantes a acreditarem que o tanque nunca teria um papel importante na guerra. Os alemães desenvolveram um veículo de combate blindado apenas em resposta aos tanques britânico e francês. O único projeto alemão da guerra, A7V, que parecia mais uma casa-mata ambulante, teve cerca de 17 unidades produzidas.


Inicialmente, os tanques foram distribuídos em pequeno número para apoiar ataques de infantaria. A Batalha de Cambrai, em 20 de novembro de 1917, é geralmente considerada como o primeiro uso de formações de tanques; os britânicos empregaram mais de 470 deles para essa batalha. No entanto, os franceses já haviam empregado com sucesso 76 tanques durante a batalha em Malmaison em 23 de outubro de 1917, uma das mais impressionantes vitórias francesas da Grande Guerra.

Essa incrível nova tecnologia provou ser muito mais útil do que a maioria dos líderes militares e políticos acreditavam que seria. Foram usadas no início da guerra apenas para reconhecimento, tempos depois essas aeronaves foram armadas com metralhadoras. Uma vez que Anthony Fokker desenvolveu um método para sincronizar o fogo de uma metralhadora com a rotação da hélice, o avião se tornou uma verdadeira arma.


Os primeiros aviões eram frágeis, desenhos semelhantes a pipas de madeira leve, tecido e fios. Os motores de 80 a 120 cavalos de potência usados ​​em 1914 produziram velocidades máximas de 100 mph ou menos; quatro anos depois, a velocidade quase dobrou.

Ao longo da guerra, bombardeiros foram desenvolvidos, sendo o maior deles o “Zeppelin-Staaken R.VI” da Alemanha, com uma envergadura de 138 pés e quatro motores. Tinha um alcance de cerca de 800km e uma capacidade de carga de bombas de 4.400 libras, embora em operações de longo alcance, como o bombardeio em Londres, os Zeppelin-Staaken conseguiam carregar apenas metade desse valor.


Submarino




                                                                   Submarino U-9






Apesar da expectativa de uma guerra relativamente rápida e de movimentos, a Primeira Guerra Mundial foi marcada justamente pelo contrário, ou seja, pela pouca movimentação de tropas e grandes batalhas para manter posições ou conseguir pequenos avanços, geralmente com alto número de vítimas, principalmente no front ocidental.

Geralmente eram construídas em ziguezague, para que o inimigo, caso conseguisse passar pelos diversos obstáculos e chegar ao local, não pudesse matar muitos soldados de uma só vez. Também eram comuns dentro das trincheiras a criação de espaços onde os soldados se reuniam para comer ou descansar, ou mesmo para se proteger do clima (era como pequenos buracos escavados no local). Os oficiais costumavam dispor de espaços maiores, onde poderiam inclusive fazer reuniões. O arame farpado representava o limite – tanto para a tropa quanto para o adversário que quisesse se aproximar.

A vida nas trincheiras, porém, era muito difícil. Os soldados se viam cercados pela morte mesmo longe dos ataques inimigos, por conta das condições totalmente insalubres que predominavam nestes locais – infestação de piolhos e ratos era comum, assim como várias doenças, causavam transtornos e mortes. Deixar as trincheiras era inviável: quem se aventurasse para fora corria grande risco de ser abatido pelo inimigo. As constantes inundações provocadas pelas chuvas também eram um transtorno, e drenagem era frequentemente necessária.

Tipicamente, um soldado passava por um ciclo: primeiro servia na linha de frente, no combate propriamente dito. Daí passava um tempo na trincheira, passando para um serviço de apoio aos entrincheirados, e logo depois para a reserva. Após esse período, o soldado podia ganhar um tempo de descanso. Mesmo nessa fase, no entanto, o militar poderia se ver diante da linha inimiga, executando alguma tarefa.

Uma característica marcante das trincheiras era o forte fedor que exalavam. As causas para esse problema eram inúmeras: corpos apodreciam em valas próximas; latrinas transbordavam com frequência; homens podiam ficar semanas e até meses sem tomar banho; desinfetantes e outros produtos, como o creosol, eram usados para afastar a constante ameaça de doenças e infecções; e somado e misturado a tudo isso, um soldado precisava enfrentar nas trincheiras o cheiro de pólvora, resquícios de gases e armas químicas usados em combates, sacos de areia em decomposição, lama e barro, fumaça de cigarros e até mesmo de comida."

Foto: Great War Primary Document Archive - Arte/Terra