Em 1928, António de Oliveira Salazar, professor da Universidade de
Coimbra foi chamado para ministro das Finanças e conseguiu equilibrar as contas
públicas. Desta forma, é nomeado em 1932, Presidente do Conselho de Ministros.
Salazar serviu-se para constituir um Estado forte, autoritário e
repressivo da propaganda, defendendo um estado poderoso, e valorização da nação
com uma longa história, vincando o orgulho de ser português e de um estado
pluricontinental e pluriracial, que ocupava um grande espaço; o dever de
obedecer ao chefe; da educação da mocidade masculina, a fim de formar as
consciências para a defesa do estado e da mocidade feminina a fim de formar
valores de esposa, mãe e dona de casa.
Tentou integrar toda a população civil nos ideais do regime, através da
Mocidade Portuguesa e Legião Portuguesa.
Quem não estivesse de acordo com estes ideais teria a polícia política
PIDE ou a GNR a controlar as suas ações a
reprimir e a prender, por vezes matar.
Criou um regime autoritário, antiparlamentar e antidemocrático, através
do uso da propaganda ( SNI - Serviço Nacional de Propaganda); dos livros
escolares e das "Lições de Salazar"; da Censura de tudo o que era publicado e da defesa do
Partido único - União Nacional.
CATEGORIAS
|
PROBLEMAS
|
SOLUÇÕES
|
Política
|
Portugal vivia uma ditadura, Salazar tinha uma
política colonialista e um regime totalitário. Era auxiliado pela PIDE para se
manter, pelo facto de instituir um Partido Único, a União Nacional. O nacionalismo
levava a considerar que Portugal deviam civilizar os indígenas das colónias,
O regime português vivia isolado da Europa.
Era praticada uma política repressiva através da PIDE, das prisões e do
campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
|
O PCP (partido
comunista português), formado a 1921, era uma estrutura clandestina,
principal oposição ao governo. A 1945 forma-se o MUD (Movimento de Unidade
Democrática) que apresenta às eleições Norton de Matos que acaba por desistir. Em 1958, apresenta-se às eleições Humberto Delgado que foi vitima de eleições
fraudulentas sendo depois assassinado pela PIDE. Em 1958, o bispo do Porto, D.
António Ferreira Gomes criou uma oposição Católica ao governo de Salazar
tendo sido exilado.
A 25 de Abril de 1974 deu-se a revolução que
destitui o governo de Marcelo Caetano e institui a Junta de Salvação Nacional
com a missão de fazer a transição para a democracia: 3Ds -Democratizar,
Descolonizar e Desenvolver
- abolição da PIDE e Censura
- formação de partidos políticos livres.
- descolonização das colónias em África.
- o Desenvolvimento foi a questão mais difícil.
Constituição de 1976 –institui uma democracia parlamentar que
define o direito à liberdade e acaba com a censura.
|
Militar
|
A partir de 1961 há revoltas pela independência em
Angola, Guiné e Moçambique. Inicia-se a Guerra Colonial, já que o Estado Novo se opunha à autodeterminação e independência das colónias.
Em Portugal, havia uma sociedade militarizada que ensinava as pessoas a
combater através da Mocidade Portuguesa, Legião Portuguesa e do Exército obrigatório.
|
Spínola propõe uma solução pacífica, quando a Guiné declara a independência, em 1973, o que não foi aceite por Marcelo Caetano. Desta forma, só após o 25 de abril é que Portugal reconhece a independência das colónias, iniciando-se, então a descolonização que determinou a autodeterminação e
independência dos povos colonizados: Guiné, reconhecida em 1974, Moçambique, Cabo-Verde
São Tomé e Príncipe e Angola em 1975.
|
Economia
|
Fraco desenvolvimento económico, agricultura atrasada, embora algum desenvolvimento industrial, sobretudo a partir dos planos de fomento em 2
cidades (Lisboa e Porto). Adesão de Portugal a EFTA a partir de 1960.
Desenvolvimento do turismo.
A Guerra colonial determina despesas elevadas.
|
Continua a haver dificuldades, dado a existência de
uma crise mundial.
A agricultura e indústria são pouco competitivas.
Há a nacionalização de grandes empresas; e a Reforma Agrária, no Alentejo, sendo distribuídas propriedades aos trabalhadores. mais tarde,1978 e 1983, recorre-se ao
Fundo Monetário Internacional (FMI) que obriga a contenção das despesas e
aumento de impostos.
Em 1986, Portugal é admitido na CEE (Comunidade económica europeia). Fazem-se várias reformas, como: privatizações, reforma do sistema fiscal, desburocratização da administração pública e abertura do mercado interno |
Sociedade
|
A falta de liberdade de expressão tornava a
sociedade obediente e entristecida. Migração para as cidades e emigração
sobretudo a partir de 1960,para a França, Suiça, Luxemburgo, Venezuela e E.U.A, entre outros.
9000 mortes e 3000 feridos vão marcar a consciência social, criando um sentimento de tristeza e desânimo. |
As primeiras eleições livres ocorrem em 1975 e a Nova constituição é aprovada em 1976. Define: a igualdade de
todos perante a lei, bem como a liberdade de expressão e reunião;um regime parlamentar com separação dos poderes
Houve uma melhoria nos cuidados de saúde e nos
apoios sociais, graças ao Serviço Nacional de Saúde e à Segurança Social. A
mortalidade infantil, a emigração e o analfabetismo diminuíram
significativamente.
Muita gente voltou a Portugal contribuindo para a dinamização social, política e cultural do país.
A população ativa passou a empregar-se
maioritariamente no setor terciário.
A Vinda dos retornados ou seja portugueses que viviam
nas colónias que voltam a ortugal, vêm exigir soluções para a sua situação.
|
Cultura
|
Toda a cultura era censurada através da Comissão de
Censura.
Não eram permitidos livros, canções, revistas,
filmes considerados contra o regime. Um ajuntamento com mais de três pessoas
era considerado uma reunião ilegal.
Portugal era um país com um alto analfabetismo e quase total desconhecimento do que se passava no estrangeiro, devido às dificuldades de viajar e à censura. |
Aumentou a alfabetização, a comissão de censura foi
abolida sendo assim permitida a leitura de livros, revistas, bem como a visão
de filmes e audição de músicas que até ali eram proibidos.
Os portugueses puderam juntar-se em grupos, livremente, o que deu origem a muitos grupos culturais, sociais, recreativos e políticos que dinamizaram a cultura, em Portugal. As viagens tornaram-se mais fáceis o conhecimento do estrangeiro e maior a cultura dos portugueses.
|