Pesquisar neste blogue

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

25 de abril passo a passo - objetivos para elaboração da Banda desenhada em página A4


Faz uma banda desenhada sobre a revolução do 25 de Abril até 24 de março.



1. O que significa a data 25 de abril?

2. O 25 de abril de 1974: Como aconteceu?

 3. Os valores da democracia.


O que significa a data 25 de abril?






País pobre






Partido único

Ordem




Censura e prisão dos opositores

Emigração para fugir à miséria


Emigração para fugir à miséria e à guerra colonial


Embarque para a guerra colonial


Defesa do Império colonial







Correspondência dos soldados da guerra colonial



Legião Portuguesa

Farda da Mocidade e crucifixo da Escola Primária







Oposição ao regime
























O 25 de abril de 1974: Como aconteceu?

No final do dia 24 de Abril de 1974, o Estado Maior do Movimento das Forças Armadas (MFA) instala-se no Posto de Comando situado no Regimento de Engenharia 1 (RE 1) para dirigir as forças revoltosas.

 

Estas forças eram comandadas pelo major Otelo Saraiva de Carvalho acompanhado pelos tenente-coronéis Garcia dos Santos e Nuno Fisher Lopes, major Sanches Osório, capitão Luís Macedo, comandante Vítor Crespo e mais quatro oficiais do RE 1: Frazão, Máximo, Reis e Cepeda.





Foram combinados dois sinais para o iniciar a ação. O primeiro foi emitido às  22 horas e 55 minutos do dia 24 pelos Emissores Associados de Lisboa  com a canção de Paulo de Carvalho “E Depois do Adeus”.








O segundo foi emitido pelo  programa “Limite” da Rádio Renascença, no qual Leite de Vasconcelos colocou no ar a canção “Grândola, Vila Morena” de José Afonso,  senha para o início do golpe de Estado.

 



Às 00.30, a RTP foi tomada pelos militares,

 

Cerca das 3 horas da manhã, 10.º “Grupo de Comandos” toma o Rádio Clube Português  e é emitido  o primeiro comunicado do MFA, lido por Joaquim Furtado.

Às 6 da manhã, uma coluna de carros de combate e transporte de tropas comandada pelo capitão Salgueiro Maia instala-se no Terreiro do Paço.


Marcelo Caetano, líder do Governo, refugia-se no Comando-Geral da GNR, no largo do Carmo.

 

Às 9 horas, a Fragata “Almirante Gago Coutinho” toma posição no Tejo em frente às forças de Salgueiro Maia instaladas no Terreiro do Paço.

  

 Às 9h 35, chega ao Terreiro do Paço uma força liderada pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis, constituída por quatro carros de combate M47, uma companhia de atiradores do Regimento de Infantaria 1 e alguns pelotões de Polícia Militar.

Dois dos carros de combate, comandados pelo major Pato Anselmo, deslocam-se para a avenida Ribeira das Naus, os outros dois comandados pelo coronel Romeiras Júnior, posicionam-se na Rua do Arsenal em frente das forças de Salgueiro Maia. Aí apelam às forças do regime para aderirem à revolta.

 

 Na Ribeira das Naus, rendem-se os dois carros de combate bem como o major Pato Anselmo.

 

 



Na rua do Arsenal, após várias tentativas de negociação, e ameaças de fogo por parte das tropas do regime, o comandante, Junqueira dos Reis, incapaz de obrigar os seus homens a disparar fica no local sem tomar mais nenhuma iniciativa.


Salgueiro Maia desloca-se com a sua coluna para o largo do Carmo. As outras unidades, comandadas por Jaime Neves sitiam o quartel general da Legião Portuguesa que se rende sem grande resistência.

 

15:10




  De tarde, no largo do Carmo, em frente ao quartel do Comando Geral da GNR, Salgueiro Maia solicita a rendição de Marcelo Caetano.

 


O povo, apesar das solicitações das Forças Armadas para se proteger em casa, enche o largo do Carmo apoiando o Movimento.


                                        Foto Alfredo Cunha

Marcelo Caetano solicta render perente um militar de patente superior, sendo chado o  general António de Spínola  que se desloca ao quartel do Carmo para o efeito.

 




Às 19 horas, Marcelo Caetano abandona o quartel protegido da população, numa chaimite.


Foto de Eduardo Gageiro, na qual o quadro com a foto de Salazar é retirado da parede da sede da PIDE/DGS.

Imagem de Henri Bureau que retrata um elemento da PIDE a ser detido pelos militares no Largo do Carmo.


Imagem dos militares na rua quando lhe são oferecidos os cravos (símbolos da liberdade) pelo resto da população.

 20h - O Rádio Clube Português emite a proclamação do MFA e o fim do governo do Estado Novo.

 “…o Movimento das Forças Armadas, que acaba de cumprir com êxito a mais importante das missões cívicas dos últimos anos da nossa História, proclama à Nação a sua intenção de levar a cabo, até à sua completa realização, um programa de salvação do País e da restituição ao Povo Português das liberdades cívicas de que vem sendo privado.”

 

20:30 - Na rua António Maria Cardoso, na sede da PIDE–DGS, elementos desta polícia política resistem aos militares do MFA, abrindo fogo e causando 4 mortos e dezenas de feridos entre militares e população que aí se tinha juntado. Só na manhã do dia seguinte será controlada a situação com a rendição incondicional da PIDE-DGS.


26 - 04 - 1974

01:30 – Primeira apresentação pública da Junta de Salvação Nacional   

A Junta de Salvação Nacional faz a primeira declaração ao país na RTP.

Terminava assim o dia que ficou conhecido como o da “Revolução dos Cravos”.

 

   3. Os valores da democracia.


3 Ds

Descolonização – pôr termo à guerra do Ultramar, negociando a independência das colónias.

Democracia – restituição da liberdades democráticas ao povo português

Instauração de um regime democrático

Desenvolvimento económico e cultural.

 



Hastear da bandeira da Guiné-Bissau, após o arreae da de Portugal, em Camjadude (CCac.5) (1974)














 

ARQUIVO RTP / PESQUISA Ana Silveira Ramos

As Peças:

“O Sinal Aguardado”

 

Reconstituição no extrato do programa “os Caminhos da Liberdade”

 “Tomada da RTP em Lisboa”

Noticiário RTP de 25 de Abril de 1974

 “O MFA revela-se”

Video: extrato do programa “O Diário do Tempo”

Áudio: Emissão do Rádio Clube Protuguês, arquivo RTP

 “A ameaça que vem do Rio”

Áudio: intercomunicações militares, arquivo RTP

 “A Ribeira das Naus é controlada pelo MFA”

Áudio: intercomunicações militares, arquivo RTP

 “Os defensores do regime não o defendem”

Áudio: intercomunicações militares, arquivo RTP

 

 

” O MFA pressiona no Carmo”

Extrato do programa “O Diário do Tempo”

 “A queda do regime”

Video: noticiário RTP de 25 de Abril de 1974

Áudio: reportagem Rádio Clube Português, arquivo RTP

 “O MFA comunica o fim do governo”

Emissão Rádio Clube Português, arquivo RTP

 “Os últimos resistentes”

Video: Reportagem alargada de 25 de Abril de 1974

Áudio: Reportagem Rádio Clube Português, arquivo RTP

 “A primeira apresentação pública” - Noticiário RTP de 26 de Abril de 1974 Fundação Mário Soares

 RTP – AUTORIA:Rui Carrilho

 

Cronologia da Revolução

24 de Abril - 22:55 horas
A transmissão da canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o ínicio das operações militares contra o regime.

5 de Abril - Das 00:30 às 16:00 horas

Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais (RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).

Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português.

As forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.

As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: aLegião Portuguesa é a primeira.

Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria.

Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete.

25 de Abril - 16:30 horas

Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.

Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo.

O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.

 25 de Abril - 19:30 horas

Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.

 25 de Abril - 20:00 horas

Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos.

 25 de Abril - 00:20 horas

 A transmissão da canção "Grandola Vila Morena" de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renancença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis. 

A PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais director daquela corporação.

Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da RTP.

Por ordem do MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira.

O General Sepínola é nomeado Presidente da República.

Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.


Libertação dos presos de Peniche - Foto Ezequiel Campos


27 de Abril

Apresentação do Programa do Movimento das Forças Armadas.

 28 a 30 de Abril

Regresso dos líderes do Partido Socialista (Mário Soares) e do Partido Comunista (Álvaro Cunhal).





1 de Maio

Manifestação do 1º de Maio, em Lisboa, congrega cerca de 500.000 pessoas. Outras grandes manifestações decorreram nas principais cidades do país.



      1º de maio no Porto
                                                                  

1º de maio de 1974 - Mário Soares e Álvaro Cunhal entre a multidão


4 de Maio
O MRPP organiza a primeira manifestação de boicote ao embarque de soldados para as colónias. A Junta de Salvação Nacional previra a necessidade de envio de alguns batalhões de militares para substituirem a tropa portuguesa ainda em território africano e cujo período de mobilização já terminara. Pensava-se também que seria importante manter as Forças Armadas Portuguesas em África até final das negociações com os Movimentos de Libertação Africanos, com vista à independência dos territórios.

16 de Maio

Tomada de posse do Iº Governo Provisório, presidido por Aelino da Palma Carlos.

Do I Governo fazem parte, entre outros: Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro .

 

20 de Maio

Américo Tomás e Marcelo Caetano, com o conhecimento da JSN mas não do Governo, partem para o exílio no Brasil.

 25 de Maio

Início das conversações com o PAIGC.