Faz uma banda desenhada sobre a revolução do 25 de Abril até 24 de março.
1. O que significa a data 25 de abril?
2. O 25 de abril de 1974: Como aconteceu?
O que significa a data 25 de abril?
O 25 de abril de 1974: Como aconteceu?
No
final do dia 24 de Abril de 1974, o Estado Maior do Movimento das Forças
Armadas (MFA) instala-se no Posto de Comando situado no Regimento de Engenharia
1 (RE 1) para dirigir as forças revoltosas.
Estas
forças eram comandadas pelo major Otelo Saraiva de Carvalho acompanhado pelos
tenente-coronéis Garcia dos Santos e Nuno Fisher Lopes, major Sanches Osório,
capitão Luís Macedo, comandante Vítor Crespo e mais quatro oficiais do RE 1:
Frazão, Máximo, Reis e Cepeda.
O segundo foi emitido pelo programa “Limite” da Rádio Renascença, no qual Leite de Vasconcelos colocou no ar a canção “Grândola, Vila Morena” de José Afonso, senha para o início do golpe de Estado.
Às
00.30, a RTP foi tomada pelos militares,
Cerca das 3 horas da manhã, 10.º “Grupo de Comandos” toma o Rádio Clube Português e é emitido o primeiro comunicado do MFA, lido por Joaquim Furtado.
Às 6 da manhã, uma coluna de carros de combate e transporte de tropas comandada pelo capitão Salgueiro Maia instala-se no Terreiro do Paço.Marcelo Caetano, líder do Governo, refugia-se no Comando-Geral da GNR, no largo do Carmo.
Às 9 horas, a Fragata “Almirante Gago Coutinho” toma posição no Tejo em frente às forças de Salgueiro Maia instaladas no Terreiro do Paço.
Dois
dos carros de combate, comandados pelo major Pato Anselmo, deslocam-se para a
avenida Ribeira das Naus, os outros dois comandados pelo coronel Romeiras
Júnior, posicionam-se na Rua do Arsenal em frente das forças de Salgueiro Maia.
Aí apelam às forças do regime para aderirem à revolta.
Na Ribeira das Naus, rendem-se os dois carros de combate bem como o major Pato Anselmo.
15:10
De tarde, no largo do Carmo, em frente ao quartel do Comando Geral da GNR, Salgueiro Maia solicita a rendição de Marcelo Caetano.
O povo, apesar das solicitações das Forças Armadas para se proteger em casa, enche o largo do Carmo apoiando o Movimento.
Marcelo
Caetano solicta render perente um militar de patente superior, sendo chado o general António de Spínola que se desloca ao quartel do Carmo para o
efeito.
20:30 - Na rua António Maria Cardoso, na sede da PIDE–DGS, elementos desta polícia política resistem aos militares do MFA, abrindo fogo e causando 4 mortos e dezenas de feridos entre militares e população que aí se tinha juntado. Só na manhã do dia seguinte será controlada a situação com a rendição incondicional da PIDE-DGS.
26 - 04 - 1974
01:30 – Primeira apresentação pública da Junta de Salvação Nacional
A Junta de Salvação Nacional faz a primeira declaração ao país na RTP.
Terminava
assim o dia que ficou conhecido como o da “Revolução dos Cravos”.
3 Ds
Descolonização
– pôr termo à guerra do Ultramar, negociando a independência das colónias.
Democracia
– restituição da liberdades democráticas ao povo português
Instauração
de um regime democrático
Desenvolvimento económico e cultural.
ARQUIVO
RTP / PESQUISA Ana Silveira Ramos
As
Peças:
“O
Sinal Aguardado”
Reconstituição
no extrato do programa “os Caminhos da Liberdade”
“Tomada da RTP em Lisboa”
Noticiário
RTP de 25 de Abril de 1974
“O MFA revela-se”
Video:
extrato do programa “O Diário do Tempo”
Áudio:
Emissão do Rádio Clube Protuguês, arquivo RTP
“A ameaça que vem do Rio”
Áudio:
intercomunicações militares, arquivo RTP
“A Ribeira das Naus é controlada pelo MFA”
Áudio:
intercomunicações militares, arquivo RTP
“Os defensores do regime não o defendem”
Áudio:
intercomunicações militares, arquivo RTP
”
O MFA pressiona no Carmo”
Extrato
do programa “O Diário do Tempo”
“A queda do regime”
Video:
noticiário RTP de 25 de Abril de 1974
Áudio:
reportagem Rádio Clube Português, arquivo RTP
“O MFA comunica o fim do governo”
Emissão
Rádio Clube Português, arquivo RTP
“Os últimos resistentes”
Video:
Reportagem alargada de 25 de Abril de 1974
Áudio:
Reportagem Rádio Clube Português, arquivo RTP
Cronologia da Revolução
24 de Abril - 22:55 horas
A transmissão da canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o ínicio das operações militares contra o regime.
5 de Abril - Das 00:30 às 16:00 horas
Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais (RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).
Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português.
As forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.
As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: aLegião Portuguesa é a primeira.
Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria.
Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete.
25 de Abril - 16:30 horas
Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.
Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo.
O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.
25 de Abril - 19:30 horas
Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.
25 de Abril - 20:00 horas
Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos.
25 de Abril - 00:20 horas
A transmissão da canção "Grandola Vila Morena" de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renancença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis.
A PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e
Silva Pais director daquela corporação.
Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da
RTP.
Por ordem do MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista
e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira.
O General Sepínola é nomeado Presidente da República.
Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.
27 de Abril
Apresentação do Programa do Movimento das Forças Armadas.
28 a 30 de Abril
Regresso dos líderes do Partido Socialista (Mário Soares) e do Partido Comunista (Álvaro Cunhal).
1 de Maio
Manifestação do 1º de Maio, em Lisboa, congrega cerca de 500.000 pessoas. Outras grandes manifestações decorreram nas principais cidades do país.
16 de Maio
Tomada de posse do Iº Governo Provisório, presidido por Aelino da Palma
Carlos.
Do I Governo fazem parte, entre outros: Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá
Carneiro .
20 de Maio
Américo Tomás e Marcelo Caetano, com o conhecimento da JSN mas não do
Governo, partem para o exílio no Brasil.
Início das conversações com o PAIGC.