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quinta-feira, 2 de maio de 2019

PROVA GLOBAL 9º ano 2018/19



A Herança do Mediterrâneo Antigo
- Analisa a experiência democrática de Atenas do século V a.C., nomeadamente a importância do princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei, identificando as suas limitações.
- Identifica os contributos da civilização helénica e da civilização romana para o mundo contemporâneo.

. A Democracia ateniense foi fundada por  Clístenes e Péricles no século V A. C.
Era uma democracia:
 .  indirecta:  só 500 cidadãos eram sorteados para o Conselho dos 500 ( 50 de  cada vez)      
  . direta:  na Eclésia ou Assembleia dos Cidadãos participavam  todos os cidadãos
Todos os cidadãos eram iguais perante a lei, mas eram uma minoria, na sociedade. (c. 10%)
Era uma democracia que apresentava limitações:
- só os Cidadãos (filhos de pai e mãe ateniense) participavam na vida política.
A eleição era feita por nomeação ( ex: Magistrados) ou sorteio ( ex.:Bulé)
Não podiam participar na vida política:
 os Metecos – estrangeiros – não podiam ter propriedades; eram comerciantes
- Mulheres
- Escravos.
Segundo  Péricles,  a Democracia ateniense procura  satisfazer o maior número de pessoas e não apenas  uma minoria; “ no tocante às leis, todos são iguais;  Não é o facto de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos”; “a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo.”
Apesar  de Clístenes e Péricles terem posto em prática um regime democrático,
 não era perfeito. A democracia ateniense estabeleceu a igualdade entre os  homens livres.. Atenas concedeu o direito de cidadania aos cidadãos estabelecidos  no seu território. Aos olhos dos atenienses  nenhuma sociedade podia dispensar os  escravos, considerados por alguns, seres inferiores.  A fim de consagrar as suas  forças e inteligência à cidade, os cidadãos deviam estar aliviados das ocupações domésticas e dos trabalhos manuais; as mulheres deveriam viver no Gineceu e  dedicar a sua inteligência à gestão da casa e à educação dos filhos e não poderiam participar na vida política. Havia, ainda,  limitações à liberdade de expressão,  o que levou alguns cidadãos ao ostracismo, ou à condenação à morte. Atenas  serviu-se, também, da Liga de Delos para impor a sua supremacia sobre  os seus aliados, foi o imperialismo.
Afinal, que limitações tinha a democracia ateniense?
As mulheres não podiam participar na vida política. Cabia-lhes educar os filhos e gerir a casa.
Viviam na dependência de pais e maridos. Permaneciam, grande parte do tempo, na parte feminina da casa – o Gineceu.
Os Metecos eram os estrangeiros residentes em Atenas. Não podiam participar na vida da sua cidade. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato, chegando a acumular grandes fortunas. Tinham o dever de cumprir o serviço militar e de pagar impostos.
Existia escravatura, sendo os escravos considerados seres inferiores e que  não tinham nenhuns direitos.
Quem tentasse tomar o poder da pólis (cidade), era  votado ao ostracismo (exílio)
Tal como outros, o filósofo Sócrates acusado de corromper, a juventude foi condenado à morte.
Atenas tentou dominar outras cidades e fundou a Liga de Delos, ou seja, foi imperialista.

A civilização grega  e romana contribuiram com um legado importante para  o mundo Ocidental atual:
Os gregos ampliaram o alfabeto Fenício, passando-os, depois aos romanos
Divulgaram a moeda
Atenas foi o berço da democracia
O Culto de Dionísio - originou o teatro
Foi na  Grécia que se originou a Filosofia ( amigo da sabedoria), a arte de bem pensar.
Foi na  Grécia que se originou da História, como narrativa dos factos passados para exemplo futuro com Heródoto; Tucídides e a Oratória  - arte de bem falar e convencer
O seu Ideal de vida: "Alma sã numa corpo são" ainda é hoje a base dos sistemas educativos ocidentais: sistema de educação integral e equilibrado, baseado no desenvolvimento da parte inteletual, física e espiritual do ser humano.
Foi a Grécia que  criou os Jogos Olímpicos, em honra do deus Zeus, em Olímpia
A Arte grega  é  um equilíbrio sempre repetido ao longo do tempo com o frontão e as ordens: dórica; jónica e coríntia

CIVILIZAÇÃO ROMANA

ROMANIZAÇÃO

O exército disciplinado, a rede de estradas, a língua latina, o direito romano e a administração romana concedendo o papel de cidadãos aos povos conquistados e integrando os seus chefes, na administração, são importantes elementos de romanização.
Nos territórios dos povos conquistados, os romanos desenvolveram a agricultura com novos métodos, a criação de gado; a exploração do solo e o comércio.
Desta forma, os Romanos conseguiram conquistar um vasto Império e influenciar profundamente, os povos conquistados.
O processo de influência cultural dos romanos sobre os povos conquistados denomina-se romanização.

Fatores de romanização:
Os romanos construíram por todo o Império estradas, Pontes; monumentos como teatros, circo, Fórum ou praça pública, nomes de cidades; tornaram obrigatório o latim nos documentos oficiais.
Ensinaram novos métodos de construção: Arco de volta perfeita; Abóbada e Cúpula.


LEGADO CIVILIZACIONAL ROMANO
Os romanos influenciaram a nossa civilização através de:
- Latim
-Numeração romana
-Conceito utilitário da arquitetura, construindo estradas; pontes; aquedutos; casas; termas; teatros; anfiteatros;  templos e o conceito de urbanismo.
- A nível arquitetónico inventaram o arco de volta perfeita; abóboda de berço e a cúpula.
- Conceito de arte monumental.
- DIREITO Romano aplicado a todos os povos conquistados.
- Direito de cidadania extensivo a todos os povos livres do Império.
- Administração – Município.
- Novas técnicas de fazer artesanato e agricultura.
- No final do Império, permitiram a divulgação do Cristianismo.
- Conceito de lazer baseado na comédia e nos jogos de anfiteatro ( jogos de homens com animais e homens com homens).
- Literatura. Ex. A Eneida de Virgílio vai influenciar os Lusíadas.
- Imitaram e transmitiram a filosofia grega.

- Novos elementos na arquitetura como: arco de volta perfeita; abóboda de berço e a cúpula.


Expansão e Mudança nos séc.XV e XVI
Motivos de arranque e prioridade portuguesa
ü    Demonstra a importância que o poder régio e os diversos grupos sociais tiveram no arranque da expansão portuguesa;
ü    Distingue as formas de ocupação e de exploração económicas implementadas por Portugal em África, Índia e Brasil, considerando as especificidades de cada uma dessas regiões;
ü    Refere as transformações decorrentes do comércio à escala mundial
- Demonstra a importância que o poder régio e os diversos grupos sociais tiveram no arranque da expansão portuguesa;
Portugal iniciou a Expansão europeia, em primeiro lugar porque dispunha de um poder estável ( já tinha expulsado os muçulmanos do seu território).
D. João I, como rei eleito queria afirmar-se a nível internacional a nível de poder e controlo de novas terras
Queria resolver os problemas sociais e económicos provocados pela diminuição demográfica e pelas guerras com Castela
Todos os grupos sociais estavam interessados na expansão:
- Nobreza – queria ter acesso a novos cargos administrativos e militares e ao alargamento dos seus territórios, com vista ao aumento das suas rendas
- Burguesia -   procurava novos mercados e produtos.
- Povo -  tinha esperança de melhorar a sua vida, através da distribuição de terras para cultivar e novas e encontrar outras oportunidades.

Formas de ocupação e de exploração económicas implementadas por Portugal
Os sistemas de exploração no império português
Territórios
Modos de exploração
Produtos de comércio
1– Madeira











2– Açores









3Cabo Verde




4 – S. Tomé
1- Capitanias ( 3 capitães donatários, 2 para cada metade da Madeira e 1 para Porto Santo) que localmente tomavam decisões, mas o grande Senhor era o Infante D. Henrique. Foram chamadas populações para povoar as ilhas: Minho e Douro Litoral; Algarve.

2-  Capitanias capitães donatários, que localmente tomavam decisões, mas o grande Senhor era o Infante D. Henrique. Foram chamadas populações para povoar as ilhas: Minho e Douro Litoral; Algarve e Flandres.


3-  Capitanias – Feitoria na Ilha de Santiago



4- Governador.  A colonização foi feita com recurso  portugueses e escravos de Angola e Guiné, além dos indígenas.
1 Madeira, trigo, cana do açúcar















    2– Plantas tintureiras, cereais e gado









3–Gado e plantas tintureiras; cereais, açúcar, algodão; sal



4 - Cana do açúcar; pimenta
 e madeiras. .
5- Costa Africana
5. Feitorias-fortalezas  ( capitão e feitor) que guardavam os produtos negociados com as populações locais.  Eram base, a partir das quais se chegava aos locais de produção e tinham o objetivo de controlar o comércio nessa região. ( ex: Arguim e Mina)
Os portugueses deixavam homens voluntários, “lançados”, para explorar o interior.

Contrato de arrendamento – o comércio da costa ocidental africana iniciado sob o comando de D. Henrique em 1422, foi entregue a Fernão Gomes, em regime de exclusividade ( 1469-1475), no reinado de D. Afonso V.




5. Escravos, marfim, ouro, malagueta, pimenta.

6. Índia
6.Feitoria fortificadas.
Vice-reinado
Ex: D. Francisco de Almeida
D. Afonso de Albuquerque

As rivalidades locais dão origem a um estado soberano (Goa, 1512;  em 1535, e Damão, em 1559) - de Estado Português da Índia.
Feitorias-fortaleza

Afonso de Albuquerque incentiva os portugueses a casarem com indianas – política de miscigenação
6. Pimenta; Canela;  Açafrão; Cravinho; Cominhos. Laranja. Têxteis: algodão, linho; sedas; porcelanas; pedras preciosas.
7.Brasil
7. Capitanias a partir de 1534 – já que os capitães eram rivais entre si.

Governo Geral, centralizado, a partir de 1549, para acabar com as rivalidades.
7. Pau-Brasil; animais exóticos; cana-de- açúcar


8. Extremo Oriente
8. Relações comerciais
8. Tecidos: sedas; pedras preciosas; porcelanas; perfumes; pedras preciosas; chá; café; arroz.









Transformações decorrentes do comércio à escala mundial
Aculturação – mútua influência de costumes, tradições e cultura entre povos.
Contactos dos portugueses com outros Povos
Em África, os portugueses  contactaram com a civilização muçulmana, povos em regime tribal que se dedicavam à pesca e caça, na costa ocidental. Aí, fizeram comércio e usaram a força para aprisionar escravos. Na costa oriental, contactaram com o rico reino do Monomotapa com o qual fizeram comércio.
Obras de arte do Benim ou do Congo denotam influência portuguesa.
Os portugueses introduziram novos hábitos como: milho e a mandioca.
Transmitiram a língua, cultura e religião.
Na Ásia, contactaram com civilizações evoluídas como as da Índia e China.
Os portugueses controlaram as rotas comerciais do Mar Vermelho ( a partir de Adem); do Golgo Pérsico; da Índia e do Japão; bem como pontos estratégicos como Ormuz ( à entrada do Golfo Pérsico; Goa, capital do Império do Oriente e Malaca à entrada do Extremo Oriente.
No Oriente, há a destacar a ação dos Vice-Reis: D. Francisco de Almeida ( controlando, por exemplo o Golfo de Adem, à entrada do mar Vermelho, até ali dominado pelos Árabes) que dominou os mares e de Afonso de Albuquerque que dominou pontos estratégicos em terra: Goa, na península do Indostão; Ormuz que abria caminho ao rico comércio da Pérsia e Malaca que permitia o comércio com o extremo oriente, a China e o Japão.
Os portugueses influenciaram culturalmente toda a costa ocidental da Índia. De destacar a política de Afonso de Albuquerque que incentivou os seus soldados a casarem com mulheres indianas para mais facilmente influenciar essa zona.
Os portugueses divulgaram, no Oriente: a religião cristã; música ocidental; cartografia e vocabulário. Introduziram a espingarda no Japão e divulgaram conhecimentos astronómicos.
Na América, contactaram com povos  menos evoluídos que se dedicavam à caça e à pesca como os Tupis e Guaranis. Levaram para lá a cana-do-açúcar.

As línguas portuguesa e espanhola impuseram-se na América.
Portugueses e espanhóis introduziram novas técnicas de cultivo e construíram diversas cidades à maneira europeia.

Elementos de aculturação:
Goa: Igrejas cristãs; ruas; casas; jardins; escolas; mercados e palavras.
Japão: Biombos Namban- que representam figuras de portugueses misturados com os japoneses; espingarda
Porcelanas Indo- portugueses ou chineses.
Palavras como pan (pão); Lesusu (Jesus); manteika (manteiga)

Influência da Expansão em Portugal
Os portugueses começaram a trabalhar menos e a usar muitos escravos negros para todas as tarefas.
Os banquetes tinham que ter muitas especiarias em excesso como pimenta, canela e também açúcar. A comida era servida em pratos de porcelana.
Utilizaram mais perfumes e adornos de pedras preciosas e pérolas.
O oriente contribuiu com plantas para o fabrico de medicamentos e influenciou na arte.
A ciência cartográfica evoluiu muito. Os portugueses deram um decisivo contributo para o conhecimento do mundo tal como é na realidade.
              
O triunfo das revoluções liberais
Explica a importância das conquistas da revolução francesa para o liberalismo, estabelecendo ligações com o caso português.
A Revolução francesa, apoiada, nos ideais iluministas estabelece:
- A soberania reside na Nação.
- Os poderes políticos foram separados
- A constituição tornou-se a lei fundamental do país, consagrando os direitos dos cidadãos: liberdade de expressão, de reunião, de religião e igualdade de todos perante a lei.
- Contribuiu para modernizar o Estado, a administração pública, as finanças e o ensino.
- O Estado laicizou-se.
- A sociedade de ordens dá origem à sociedade de classes.
- os ideais da revolução francesa espalhados por toda a Europa e América Latina ( onde deram origem a movimentos de independência),  também chegaram a Portugal, por outras vias e pelas invasões napoleónicas. Defendem: a liberdade: a igualdade e a Fraternidade.

Estes ideais discutidos certamente no Sinédrio e entre a burguesia com influência iluminista e entre os estrangeirados  (que estiveram fora de Portugal) influenciam a ocorrência da Revolução Liberal Portuguesa que  ocorre em 1820.

Enquanto, no Antigo Regime, a soberania é divina, tendo o rei  todos os poderes, a Constituição, aprovada em 1822, defende a divisão dos poderes e a soberania popular. O poder legislativo é entregue às Cortes, o executivo ao rei e o judicial aos tribunais.
D. Pedro outorga a Carta Constitucional em 1834.
Leis: Abolição dos direitos feudais; substituição das ordens por classes, tal como acontecera na Revolução Francesa, aplicando o ideal iluminista de igualdade,  lei do morgadio paternos, segundo a qual só o filho mais velho é que herdava os bens pai. Lei código civil. Defendem  princípios iluministas:
- Rousseau – Soberania popular: o poder reside no povo que o cede aos governantes eleitos por si. Se os governantes não governarem de acordo com os interesses do povo podem ser depostos através de eleições ou revoluções ( ex: Revolução americana; revolução francesa; revolução portuguesa de 1820).
Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos.
- Voltaire defende a liberdade e a tolerância religiosa.
- Montesquieu defende a separação dos poderes em legislativo ( entregue a uma assembleia); executivo ( entregue ao rei ou presidente; Portugal: rei e o Judicial aos tribunais).
Com as leis de Mouzinho da Silveira que acaba com os direitos feudais  e afirma o direito da propriedade privada, a sociedade  torna-se mais igualitária, acabam-se as ordens e surgem as classes. Com as leis anticlericais de Joaquim Aguiar as ordens religiosas são expulsas.

Apogeu e declínio da influência europeia
Relaciona o imperialismo do século XIX com os processos de industrialização
A. Europa no sec. XIX é a  fábrica do Mundo, a grande comerciante  e banqueira do Mundo.
As grandes potências  industriais -  pretendem o domínio colonial e imperial para assegurar a sua hegemonia mundial.
Imperialismo- Sistema politico em que uma grande nação domina social e politicamente vastas regiões independentes.
Colonialismo- Forma de domínio social, politico e económico que o país colonizador exerce sobre as colónias.

Dá-se, então,  a partilha de África resultado da:
- Revolução industrial
-Vaga imperialista
- Viagens de exploração a África
- Conflitos na Europa
-Conferencia de Berlim (1885)
- Principio da ocupação efetiva
Nesta partilha, as Grandes potências, Inglaterra; França; Alemanh,  saíram beneficiadas. O domínio colonial e imperial é fundamental para as grandes potências conseguirem: matérias primas baratas, ampliar os mercados para escoar os seus produtos e obter mão de obra barata, para que possam continuar a ampliar os seus capitais e rendimentos.




Relaciona a rivalidade económica e colonial entre as grandes potências industriais com a agudização das tensões nacionalistas.

As rivalidades económicas  que conduziram ao imperialismo e colonialismo fez aumentar os nacionalismos dos países dominantes mas também dos dominados.
Nacionalismos - desenvolvimento deste através da propaganda (pangermanismo – expansão do povo alemão através da conquista de um espaço vital, defendendo a superioridade do povo alemão)
A península balcânica destaca-se também pelas pequenas nacionalidades que se querem libertar do domínio da Áustria.
O império Austro-Húngaro queria ter acesso ao mar mediterrâneo, anexando a Sérvia.
O império Russo tinha o mesmo objetivo, bem como afinidades com os povos eslavos, considerando-se sua protetora e prestando apoio aos Búlgaros, Sérvios e Bósnios.
A França quer recuperar a Alsácia Lorena perdida na Guerra Franco Prussiana, no final do século XIX.
Este facto leva à política de alianças:
Forma-se a: Tríplice Aliança: Áustria/Hungria + Itália + Alemanha; Tríplice Entente Cordiale: França + Inglaterra + Rússia
Refere os acontecimentos que antecedem a eclosão da 1.ª Grande Guerra.

Antecedentes da 1ª Guerra Mundial
Rivalidades económicas colonialistas e imperialistas agudizam o clima de tensão.  - que conduziram ao imperialismo e colonialismo, que levou a paz armada e à corrida ao armamento com a emergência de uma Politica de alianças – Tríplice Aliança, ou Aliados: Áustria/Hungria + Itália + Alemanha; Tríplice Entente Cordiale, ou Potências Centrais: França + Inglaterra + Rússia
A 28 de agosto de 1914, Francisco Fernando (herdeiro do trono do império Austro-húngaro) na Bósnia, por um estudante sérvio, o que deu início à 1ª guerra mundial.
Quando o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono austro-húngaro é assassinado na Bósnia, por um estudante sérvio, A Áustria Hungria exige o desmantelamento do movimento terrorista em 24 horas. Na impossibilidade disso acontecer, a França e a Inglaterra que protegia a Bósnia e a Servia declaram guerra à  Áustria –Hungria. A seguir entra a Alemanha, sua aliada e o conflito generaliza-se.

Participação de Portugal na 1.ª Grande Guerra.
Portugal entrou na Primeira Guerra Mundial, para defender as suas colónias africanas, garantindo a sua posse, para obter o reconhecimento do regime republicano ao lado dos Aliados,  como o CEP, Corpo Expedicionário Português que, embora mal equipado, lutou bravamente. Releva-se a Batalha de La Lys, na Flandres, a 9 de abril de 1918.
A intervenção de Portugal na guerra agravou as dificuldades internas e aumentou o descontentamento do povo. Levou ainda a um período de ditadura por Sidónio Pais.
O fim da 1ª República
Fatores económicos
Depois da guerra, a situação económica do país piorou ainda mais, os salários não acompanhavam a subida dos preços. Por isso o nível de vida da população desceu.
Fatores sociais e políticos
Portugal: da 1ª República à ditadura militar
-Avalia o alcance das principais realizações da 1.ª República ao nível da legislação social, da laicização do Estado e das medidas educativas.
- Explica o derrube da 1ª República e a sua substituição por um regime ditatorial
5 - 1ª República
Primeiras medidas:  Nova bandeira; “A Portuguesa”- torna-se hino nacional; surge o   Escudo, como moeda; a Igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos

O Governo provisório é chefiado por Teófilo Braga.
A 1ª Constituição republicana  de 1911, defende:
      Todos são iguais perante a lei; Liberdade de expressão e a Separação de poderes
O poder legislativo é entregue ao Parlamento; o Executivo, aoPresidente da República e governo e o  Judicial, aos tribunais
Realizações da 1ª República:
- Laicização do estado: estado civil (decreta liberdade religiosa); expulsão das ordens religiosas e nacionalização dos seus bens; registo civil obrigatório; legalização do divórcio.
- Legislação social: autorização da greve; instituição do descanso semanal obrigatório; limitação dos horários de trabalho; seguro obrigatório para doença e velhice.
- Não conseguiu diminuir a instabilidade política nem social. O proletariado continuou descontente, apesar da 1ª República ter feito algumas leis a seu favor como a da greve que acabou por reprimir.
- A nível cultural conseguiu melhores resultados, embora em pequenas dimensões:
 - Criou escolas primárias. A 1ª  República criou  cerca de 1105 escolas primárias o que fez diminuir em  8,1% as freguesias sem escola. O número de professores aumentou em cerca de 2500, devido às novas escolas de formação de professores. Tudo isto levou a que a taxa de analfabetismo baixasse 7,6%, o que não é muito significativo, mas demonstra a preocupação da 1ª República pela educação e ensino. Criou, também, escolas técnicas e liceus e a escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos, escolas para a formação de professores; as Universidades do Porto e Lisboa, reorganizou-se a de Coimbra; abriram-se museus; bibliotecas; coretos para divulgação da música.
Porém, as dificuldades também existiram:
·         Oposição da igreja católica e dos monárquicos devido à perda de privilégios e ao desagrado face às leis do Estado laico e superioridade das civis.
·         Os operários mostravam-se descontentes com a lentidão da resolução dos problemas
Tudo isto levou a que se pensasse que só uma Ditadura militar resolveria o problema. A 28 de maio de 1926, um golpe militar iniciado em Braga pôs fim à 1ª República: o parlamento foi dissolvido; as liberdades individuais foram suspensas e o poder passou a ser assumido pelos militares.
                
Crises, ditaduras e democracia na década de 30
- Identifica os princípios ideológicos comuns ao (s) fascismo (s).
- Caracteriza as especificidades do nazismo, destacando o seu carácter racista e de genocídio.
- Refere as organizações repressivas e os mecanismos de controlo da população criados pelo Estado Novo

 O fascismo, uma ditadura totalitária. O totalitarismo nazi.

Mussolini estabeleceu em Itália uma ditadura fascista, caracterizada pela concentração dos poderes no chefe do governo, pelo estabelecimento do Estado totalitário, corporativo e pelo culto do nacionalismo. Mussolini pretendia elevar a Itália a potência económica e colonial, pelo que desenvolveu a agricultura e a indústria, fomentou as obras públicas e conquistou a Etiópia. Interveio na Guerra Civil Espanhola e na 2ª Guerra Mundial.
Na Alemanha, Hitler, dirigente do Partido Nacional-Socialista (Nazi)  aproveitou a humilhação sofrida pela perda da !ª Guerra e pela humilhação infligida aos alemães pelo Tratado de Versalhes, bem como o clima de instabilidade económica e social, consequência da Crise de 1929. As suas propostas conseguiram o apoio da população alemã e em 1932, o partido NAZI torna-se no maior partido alemão. No ano seguinte Hitler é nomeado Chanceler e passa a governar a Alemanha em ditadura que se caracterizava pelo totalitarismo ( Hitler tem a totalidade do poder, o partido NAZI era o único partido, as populações eram controladas e educadas de acordo com a ideologia nazi), pelo racismo ( superioridade da raça alemã, perseguição aos judeus, necessidade de criação de um “espaço vital” para o desenvolvimento do país.
Para impor se limites as suas ideias perseguiu e eliminou brutalmente todos os seus opositores.

·  O fascismo
Razões do avanço da extrema-direita:
1.    Económicas
Dificuldades económicas pós guerra; Ruína de muitas cidades; Crise de 1929. Desemprego; Redução do nível de vida.
2.    Sociais
Triunfo da revolução soviética; a população ansiava por um governo forte que resolvesse a crise; meios utilizados:.    Violência;  Ameaças;  Espancamentos contra os partidos de esquerda e sindicatos,  Destruições: Milícias armadas e agressivas (camisas negras);   o operariado hesitante     
2.    Propaganda: através da  Imprensa;  Rádio, pretendendo atrair as classes médias; realização de  Comícios                                        

A tomada de poder por Mussolini
Os industriais e os proprietários passaram a apoiar um partido de extrema-direita: o Partido Nacional Fascista (1921) chefiado por Benito Mussolini. Dispondo de milícias armadas (os camisas negras), o Partido Fascista violentava os militantes de esquerda e reprimia as greves.
Em 1922, o rei de Itália, pressionado pelas manifestações fascistas, encarregou Mussolini de formar governo. Em 1924 realizaram-se eleições e recorrendo à violência e à corrupção, Mussolini conseguiu tornar-se o senhor absoluto de Itália.
Ideologia
·         Totalitarismo/ Estado Uno; O estado controla toda a sociedade;   Imperialismo dada a  necessidade de alargar o espaço territorial; Corporativismo:Associação entre patrões e assalariados evitando a luta de classes e o comunismo
·         Primado do Chefe – Duce ou Chefe
·         Primado do Estado – obediência incondicional ao Estado, não havendo interesses individuais
·         Primado do Partido – Existência de um único partido, para não haver oposição.

Organizações juvenis fascistas – que  visavam a preparação militar e física dos jovens. Ex: Juventude Fascista

Economia
1.    Vantagens para as famílias numerosas para que a expansão italiana fosse assegurada por uma população forte.
2.    Políticas imperialistas, (conquista da Etiópia), desenvolvimento da indústria
3.    Combate ao desemprego
4. Investimentos em infraestruturas que melhorassem a qualidade de vida dos italianos.
Autarcia – independência económica.

·         Nazismo
Ascensão:
1. Humilhação após o Tratado de Versalhes;  Crise de 1929;  Crise social gravíssima, a população procurava um chefe forte que resolvesse a crise económica.
Partido Nacional Nazi - Apoio financeiro dos grandes burgueses que receavam o comunismo.
1932- Partido Nazi foi o mais votado e nomeou Hitler chanceler. Este toma de imediato medidas antidemocráticas
1934 – Hitler acumula os cargos de presidente da república e de chanceler.

Meios de Consolidação
Violência e força contra os adversários (SA e SS), através de milícias; Propaganda, comícios e censura
Controlo da juventude  (todos os jovens tinham uma educação nacionalista e militar); Proibição de greves e sindicatos. Os operários estavam inscritos na frente de trabalho.
Ideologia
- Primado do estado; Primado do partido;  Primado do chefe;  Corporativismo;  Imperialismo;  Antissemitismo -> Genocídio do povo judeu
Política económica
 Objetivo – Autarcia. A Alemanha deveria ser economicamente independente sem precisar de importar qualquer produto.
Racismo e expansionismo
Para os Nazis existiam raças superiores - a raça ariana e raças inferiores - a raça judia.
Esse violento antissemitismo levou à tentativa de genocídio dos judeus.
Segundo a lógica racista, os alemães deveriam ter direito a um espaço vital, territórios considerados necessários para o bem-estar e crescimento do povo, que deveriam conquistar aos povos inferiores.

 A ditadura salazarista (edificação do Estado Novo) .
Em 1928, António de Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra foi chamado para ministro das finanças e conseguiu equilibrar as contas públicas. Desta forma, é nomeado em 1932, Presidente do Conselho de Ministros
Salazar serviu-se para constituir um Estado forte, autoritário e repressivo da propaganda, defendendo um estado forte, e valorização da nação com uma longa história, vincando o orgulho de ser português e de um estado pluricontinental e pluriracial, que ocupava um grande espaço; o dever de obedecer ao chefe; da educação da mocidade masculina, a fim de formar as consciências para a defesa do estado e mocidade feminina a fim de formar valores de esposa, mãe e dona de casa.
Tentou integrar toda a população civil nos ideais do regime, através da Mocidade Portuguesa e Legião Portuguesa.
Quem não estivesse de acordo com estes ideais teria a polícia política PIDE ou a GNR a controlar as suas ações a  reprimir e a prender, por vezes matar.
Criou um regime autoritário, antiparlamentar e antidemocrático.
A 2ª Guerra Mundial: violência e reconstrução
Caracteriza a Europa sob o domínio do Terceiro Reich, salientando os diversos níveis de violência exercidos nos países ocu Relaciona a política expansionista dos regimes fascistas com o eclodir da 2.ª Guerra Mundial pados e as ações de resistência.
A Alemanha depois de abandonar a SDN, desrespeitou o Tratado de Versalhes, restabelecendo o tratado de Versalhes, orientando a produção industrial para o armamento e defendendo o pangermanismo, lançou-se na conquista do espaço vital ( criação da Grande Alemanha), o que os levou a ocupar a Renânia, anexar a Áustria,  a  região dos Sudetas ( no noroeste da Checoscolováquia).Fez, também pactos militares com a Itália (Eixo Berlim-Roma) e o pacto Komintern ( Alemanha, Japão e União Soviética). Depois do protestos da SDN, das potências ocidentais e da assinatura  do Pacto de Munique. Em 1939, a Alemanha, ocupou a Checoslováquia e exigiu a entrega de Dantzig à Polónia pelo que a França e a Inglaterra garantiram apoio à Polónia em caso de ataque. Este veio a acontecer a 1 de Setembro de 1939, dia em que a Alemanha invadiu a Polónia o que levou a Inglaterra e a França a declarar guerra à Alemanha.
 Os alemães que defendiam a superioridade da raça ariana, desprezavam os eslavos e particularmente os judeus, raça impura e perigosa ( que tinha grande poder e domínio económico). Desta forma perseguiram os judeus, limitando a sua ação, encerrando-os em guetos, onde viviam em condições infra-humanas e outros foram levados para campos de concentração, onde eram sujeitos a trabalhos forçados. Em 1942, decretou a “Solução Final” ou seja o extermínio total dos judeus da Europa – genocídio. Os judeus foram levados das regiões ocupadas para campos de concentração/extermínio onde os mais frágeis eram asfixiados em câmaras de gás e cremados em fornos. No final da guerra, os próprios judeus abriam sob ameaça, valas, onde eram se deitavam e eram assim mortos cobertos de cal viva e terra. No entanto, ciganos, negros, homosexuais e comunistas tiveram o mesmo fim. Todas estas atitudes representam o total desprezo pelos direitos humanos                       
                               
Após a ocupação da Polónia, em 1939, a Alemanha prosseguiu a sua expansão militar. Nas várias ofensivas, Hitler utilizou a tática da Guerra Relâmpago, isto é, uma rápida movimentação de carros Blindados,, apoiados por Bombardeamentos da aviação contra as forças, militares inimigas.
       Em 1940, na Europa Ocidental, apenas a Inglaterra parte da França e os países Neutrais (Portugal, Espanha, Suíça e Suécia) escapavam ao domínio NAZI.
       No decorrer dos anos de 1940 e 1941, a guerra deflagrou noutras regiões da Europa e do mundo. No leste europeu, os alemães ocuparam a ROMÉNIA, a Bulgária e a Hungria. Em 1940, no Norte de ÁFRICA, os alemães para cortarem aos ingleses a rota do Canal de Suez, desembarcaram na Líbia e entraram no Egito. Em finais de 1941, no Pacífico, a aviação japonesa atacou de surpresa a frota americana estacionada em Pearl Harbour (Havai). Este ato levou os EUA  a entrar no conflito.
       Assim a guerra tinha-se MUNDIALIZADO. A Alemanha e o JAPÃO possuíam grande superioridade MILITAR, controlando várias regiões do mundo.
Até finais de 1942, as vitórias do EIXO foram  constantes, em particular na Europa, Norte de África e  Pacífico. A partir de 1943, as ações da Resistência  e a maior capacidade militar dos Aliados impuseram-se à força do Eixo. A partir de 1943, as ações da Resistência  e a maior capacidade militar dos Aliados impuseram-se à força do Eixo.
Após 1945, num mundo esgotado (perdas humanas) e arruinado (destruição material), nasceu uma nova organização mundial destinada a preservar a paz e a promover a colaboração entre povos – a ONU. Entretanto, os criminosos de guerra eram julgados em NUREMBERGA  enquanto a Alemanha era dividida em quatro zonas de ocupação.

 Portugal democrático: a Revolução de abril
Explica a desagregação do Estado Novo
Explica as motivações do golpe militar do 25 de abril de 1974
Caracteriza a organização da sociedade democrática a partir da Constituição de 1976

    Marcelo Caetano substituiu Salazar quando este entrou em estado de coma e morreu posteriormente.
    Os portugueses esperavam que Caetano tornasse o regime mais democrático, mas aquele dominado pelos ministros de Salazar, fez apenas pequenas reformas. No entanto, Marcelo não fez uma efetiva liberação do regime e continuou com a guerra colonial o que descontentava uma larga faixa da população portuguesa e em particular os militares, que resolveram  planear uma revolução, tomando a dianteira o MFA ( movimento das forças armadas, ou dos capitães) com o objetivo de estabelecer uma democracia e acabar com a guerra colonial.



Assim, em síntese, as motivações da revolução do 25 de Abril são:

- Descontentamento com a Guerra Colonial que ceifava vidas constantemente e não tinha em conta o sacrifício dos militares portugueses nessa guerra, já praticamente, perdida na Guiné, em 1973. Desgaste de todos os intervenientes, (13 anos) e elevado número de mortos e estropiados de guerra,
- A recusa à independência das colónias africanas
- Insatisfação popular devido ao regime autoritário e repressivo salazarista;
- A PIDE que perseguia, prendia, torturava, os que se opunham ao regime;
- A falta de liberdade de expressão (censura)
- Derrube do governo de Marcello Caetano pelo movimento das Forças Armadas



 Com o tempo foram-se delineando os chamados 3DS:
-DESCOLONIZAR - Pôs fim à guerra colonial, ou seja dar independência a todas as colónias portuguesas
-DEMOCRATIZAR - Estabeleceu um regime democrático que estabeleceu as liberdades fundamentais.
Libertou os presos políticos
Estabeleceu um regime parlamentar
-DESENVOLVER - Estabeleceu princípios de desenvolvimento, no sentido de iniciar reformas na estrutura económica e financeira do país de forma a obter maior justiça social.
Descolonizar, democratizar o país restituindo aos portugueses todas as liberdades cívicas de que estava privado  e desenvolver o país no sentido de iniciar reformas na estrutura económica e financeira do país de forma a obter maior justiça social.
A  nova Constituição entrada em vigor em 25 abril de 1976, instituiu um estado Democrático  baseado na soberania popular . Os portugueses passaram a viver num regime democrático parlamentar. Consagraram-se as Liberdades
individuais e coletivas, como por exemplo, o direito à livre  expressão do pensamento ou à liberdade de associação em partidos políticos bem como o sufrágio universal e o direito à educação e cultura
5 - Os atuais  órgãos de soberania são :
A – Presidente  da República com poder executivo
B - Assembleia da República com  Poder Legislativo.
C – Governo com poder  legislativo
D – Tribunais com poder judicial .