A
Herança do Mediterrâneo Antigo
- Analisa a experiência
democrática de Atenas do século V a.C., nomeadamente a importância do princípio
da igualdade dos cidadãos perante a lei, identificando as suas limitações.
- Identifica os contributos
da civilização helénica e da civilização romana para o mundo contemporâneo.
. A Democracia ateniense foi
fundada por Clístenes e Péricles no
século V A. C.
Era uma democracia:
. indirecta:
só 500 cidadãos eram sorteados para o Conselho dos 500 ( 50 de cada vez)
. direta:
na Eclésia ou Assembleia dos Cidadãos participavam todos os cidadãos
Todos os cidadãos eram
iguais perante a lei, mas eram uma minoria, na sociedade. (c. 10%)
Era uma democracia que
apresentava limitações:
- só os Cidadãos (filhos de
pai e mãe ateniense) participavam na vida política.
A eleição era feita por
nomeação ( ex: Magistrados) ou sorteio ( ex.:Bulé)
Não podiam participar na
vida política:
os Metecos – estrangeiros – não podiam ter
propriedades; eram comerciantes
- Mulheres
- Escravos.
Segundo Péricles,
a Democracia ateniense procura satisfazer o maior número de pessoas e não
apenas uma minoria; “ no tocante às
leis, todos são iguais; Não é o facto de
pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos”;
“a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à
cidade, seja impedido de fazê-lo.”
Apesar de Clístenes e Péricles terem posto em
prática um regime democrático,
não era perfeito. A democracia ateniense
estabeleceu a igualdade entre os homens
livres.. Atenas concedeu o direito de cidadania aos cidadãos estabelecidos no seu território. Aos olhos dos
atenienses nenhuma sociedade podia
dispensar os escravos, considerados por
alguns, seres inferiores. A fim de
consagrar as suas forças e inteligência
à cidade, os cidadãos deviam estar aliviados das ocupações domésticas e dos
trabalhos manuais; as mulheres deveriam viver no Gineceu e dedicar a sua inteligência à gestão da casa e
à educação dos filhos e não poderiam participar na vida política. Havia,
ainda, limitações à liberdade de
expressão, o que levou alguns cidadãos
ao ostracismo, ou à condenação à morte. Atenas serviu-se, também, da Liga de Delos para impor
a sua supremacia sobre os seus aliados,
foi o imperialismo.
Afinal, que limitações tinha a
democracia ateniense?
As mulheres não podiam
participar na vida política. Cabia-lhes educar os filhos e gerir a casa.
Viviam na dependência de
pais e maridos. Permaneciam, grande parte do tempo, na parte feminina da casa –
o Gineceu.
Os Metecos eram os
estrangeiros residentes em Atenas. Não podiam participar na vida da sua cidade.
Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato, chegando a acumular grandes fortunas.
Tinham o dever de cumprir o serviço militar e de pagar impostos.
Existia escravatura, sendo
os escravos considerados seres inferiores e que não tinham nenhuns direitos.
Quem tentasse tomar o poder
da pólis (cidade), era votado ao
ostracismo (exílio)
Tal como outros, o filósofo
Sócrates acusado de corromper, a juventude foi condenado à morte.
Atenas tentou dominar outras
cidades e fundou a Liga de Delos, ou seja, foi imperialista.
A civilização grega e romana contribuiram com um legado importante
para o mundo Ocidental atual:
Os gregos ampliaram o alfabeto Fenício, passando-os, depois
aos romanos
Divulgaram a moeda
Atenas foi o berço da democracia
O Culto de Dionísio -
originou o teatro
Foi na Grécia que se originou a Filosofia ( amigo da sabedoria), a arte de bem pensar.
Foi na Grécia que se originou da História, como narrativa dos factos
passados para exemplo futuro com Heródoto; Tucídides e a Oratória - arte de bem falar
e convencer
O seu Ideal de vida:
"Alma sã numa corpo são" ainda é hoje a base dos sistemas educativos
ocidentais: sistema de educação integral e equilibrado, baseado no desenvolvimento
da parte inteletual, física e espiritual do ser humano.
Foi a Grécia que criou os Jogos
Olímpicos, em honra do deus Zeus, em Olímpia
A Arte grega é um equilíbrio sempre repetido ao longo do
tempo com o frontão e as ordens: dórica; jónica e coríntia
CIVILIZAÇÃO
ROMANA
ROMANIZAÇÃO
O exército disciplinado, a
rede de estradas, a língua latina, o direito romano e a administração romana
concedendo o papel de cidadãos aos povos conquistados e integrando os seus
chefes, na administração, são importantes elementos de romanização.
Nos territórios dos povos
conquistados, os romanos desenvolveram a agricultura com novos métodos, a
criação de gado; a exploração do solo e o comércio.
Desta forma, os Romanos conseguiram
conquistar um vasto Império e influenciar profundamente, os povos conquistados.
O processo de influência
cultural dos romanos sobre os povos conquistados denomina-se romanização.
Fatores de romanização:
Os romanos construíram por todo o Império estradas, Pontes; monumentos
como teatros, circo, Fórum ou praça pública, nomes de cidades;
tornaram obrigatório o latim nos documentos oficiais.
Ensinaram novos métodos de construção: Arco de volta perfeita; Abóbada e Cúpula.
LEGADO CIVILIZACIONAL ROMANO
Os romanos influenciaram a nossa civilização através de:
- Latim
-Numeração romana
-Conceito utilitário da arquitetura, construindo estradas; pontes;
aquedutos; casas; termas; teatros; anfiteatros;
templos e o conceito de urbanismo.
- A nível arquitetónico inventaram o arco de volta perfeita; abóboda de
berço e a cúpula.
- Conceito de arte monumental.
- DIREITO Romano aplicado a todos os povos conquistados.
- Direito de cidadania extensivo a todos os povos livres do Império.
- Administração – Município.
- Novas técnicas de fazer artesanato e agricultura.
- No final do Império, permitiram a divulgação do Cristianismo.
- Conceito de lazer baseado na comédia e nos jogos de anfiteatro ( jogos
de homens com animais e homens com homens).
- Literatura. Ex. A Eneida de Virgílio vai influenciar os Lusíadas.
- Imitaram e transmitiram a filosofia grega.
- Novos elementos na arquitetura como: arco de volta perfeita; abóboda
de berço e a cúpula.
Expansão e Mudança nos séc.XV e XVI
Motivos de arranque e prioridade portuguesa
ü
Demonstra a importância que o poder régio e os diversos grupos sociais
tiveram no arranque da expansão portuguesa;
ü
Distingue as formas de ocupação e de exploração económicas implementadas
por Portugal em África, Índia e Brasil, considerando as especificidades de cada
uma dessas regiões;
ü
Refere as transformações decorrentes do comércio à escala mundial
- Demonstra a importância que o poder régio e os diversos grupos sociais
tiveram no arranque da expansão portuguesa;
Portugal iniciou a Expansão europeia, em primeiro lugar porque dispunha
de um poder estável ( já tinha expulsado os muçulmanos do seu território).
D. João I, como rei eleito queria afirmar-se a nível internacional a
nível de poder e controlo de novas terras
Queria resolver os problemas sociais e económicos provocados pela
diminuição demográfica e pelas guerras com Castela
Todos os grupos sociais estavam interessados na expansão:
- Nobreza – queria ter acesso a novos cargos administrativos e militares
e ao alargamento dos seus territórios, com vista ao aumento das suas rendas
- Burguesia - procurava novos
mercados e produtos.
- Povo - tinha esperança de
melhorar a sua vida, através da distribuição de terras para cultivar e novas e
encontrar outras oportunidades.
Formas de
ocupação e de exploração económicas implementadas por Portugal
Os
sistemas de exploração no império português
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Territórios
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Modos
de exploração
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Produtos
de comércio
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1– Madeira
2– Açores
3– Cabo Verde
4 – S. Tomé
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1- Capitanias ( 3 capitães donatários, 2
para cada metade da Madeira e 1 para Porto Santo) que localmente tomavam
decisões, mas o grande Senhor era o Infante D. Henrique. Foram chamadas
populações para povoar as ilhas: Minho e Douro Litoral; Algarve.
2- Capitanias capitães
donatários, que localmente tomavam decisões, mas o grande Senhor era o
Infante D. Henrique. Foram chamadas populações para povoar as
ilhas: Minho e Douro Litoral; Algarve e Flandres.
3- Capitanias – Feitoria na Ilha de Santiago
4- Governador. A colonização foi feita com recurso portugueses e escravos de Angola e Guiné,
além dos indígenas.
|
1 – Madeira, trigo, cana do
açúcar
2– Plantas tintureiras, cereais e gado
3–Gado e plantas tintureiras;
cereais, açúcar, algodão; sal
4 - Cana do açúcar; pimenta
e madeiras. . |
5-
Costa Africana
|
5.
Feitorias-fortalezas ( capitão e
feitor) que guardavam os produtos negociados com as populações locais. Eram base, a partir das quais se chegava
aos locais de produção e tinham o objetivo de controlar o comércio nessa
região. ( ex: Arguim e Mina)
Os portugueses deixavam homens
voluntários, “lançados”, para explorar o interior.
Contrato de arrendamento – o comércio da
costa ocidental africana iniciado sob o comando de D. Henrique em 1422, foi
entregue a Fernão Gomes, em regime de exclusividade ( 1469-1475), no reinado
de D. Afonso V.
|
5. Escravos,
marfim, ouro, malagueta, pimenta.
|
6.
Índia
|
6.Feitoria fortificadas.
Vice-reinado
Ex: D. Francisco de Almeida
D. Afonso de Albuquerque
As rivalidades locais dão origem a um
estado soberano (Goa, 1512; em 1535, e
Damão, em 1559) - de Estado Português da Índia.
Feitorias-fortaleza
Afonso de Albuquerque incentiva os
portugueses a casarem com indianas – política de miscigenação
|
6. Pimenta; Canela; Açafrão; Cravinho; Cominhos. Laranja.
Têxteis: algodão, linho; sedas; porcelanas; pedras preciosas.
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7.Brasil
|
7.
Capitanias a partir de 1534 – já que os capitães eram rivais entre si.
Governo Geral, centralizado, a partir de
1549, para acabar com as rivalidades.
|
7.
Pau-Brasil; animais exóticos; cana-de- açúcar
|
8.
Extremo Oriente
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8. Relações comerciais
|
8.
Tecidos:
sedas; pedras preciosas; porcelanas; perfumes; pedras preciosas; chá; café;
arroz.
|
Transformações decorrentes do comércio à escala mundial
Aculturação – mútua influência de costumes, tradições e cultura entre
povos.
Contactos dos portugueses com outros Povos
Em África, os portugueses
contactaram com a civilização muçulmana, povos em regime tribal que se
dedicavam à pesca e caça, na costa ocidental. Aí, fizeram comércio e usaram a
força para aprisionar escravos. Na costa oriental, contactaram com o rico reino
do Monomotapa com o qual fizeram comércio.
Obras de arte do Benim ou do Congo denotam influência portuguesa.
Os portugueses introduziram novos hábitos como: milho e a mandioca.
Transmitiram a língua, cultura e religião.
Na Ásia, contactaram com civilizações evoluídas como as da Índia e
China.
Os portugueses controlaram as rotas comerciais do Mar Vermelho ( a
partir de Adem); do Golgo Pérsico; da Índia e do Japão; bem como pontos
estratégicos como Ormuz ( à entrada do Golfo Pérsico; Goa, capital do Império
do Oriente e Malaca à entrada do Extremo Oriente.
No Oriente, há a destacar a ação dos Vice-Reis: D. Francisco de Almeida
( controlando, por exemplo o Golfo de Adem, à entrada do mar Vermelho, até ali
dominado pelos Árabes) que dominou os mares e de Afonso de Albuquerque que
dominou pontos estratégicos em terra: Goa, na península do Indostão; Ormuz que
abria caminho ao rico comércio da Pérsia e Malaca que permitia o comércio com o
extremo oriente, a China e o Japão.
Os portugueses influenciaram culturalmente toda a costa ocidental da
Índia. De destacar a política de Afonso de Albuquerque que incentivou os seus
soldados a casarem com mulheres indianas para mais facilmente influenciar essa
zona.
Os portugueses divulgaram, no Oriente: a religião cristã; música
ocidental; cartografia e vocabulário. Introduziram a espingarda no Japão e
divulgaram conhecimentos astronómicos.
Na América, contactaram com povos
menos evoluídos que se dedicavam à caça e à pesca como os Tupis e
Guaranis. Levaram para lá a cana-do-açúcar.
As línguas portuguesa e espanhola impuseram-se na América.
Portugueses e espanhóis introduziram novas técnicas de cultivo e
construíram diversas cidades à maneira europeia.
Elementos de aculturação:
Goa: Igrejas cristãs; ruas; casas; jardins; escolas; mercados e
palavras.
Japão: Biombos Namban- que representam figuras de portugueses misturados
com os japoneses; espingarda
Porcelanas Indo- portugueses ou chineses.
Palavras como pan (pão); Lesusu (Jesus); manteika (manteiga)
Influência da Expansão em Portugal
Os portugueses começaram a trabalhar menos e a usar muitos escravos
negros para todas as tarefas.
Os banquetes tinham que ter muitas especiarias em excesso como pimenta,
canela e também açúcar. A comida era servida em pratos de porcelana.
Utilizaram mais perfumes e adornos de pedras preciosas e pérolas.
O oriente contribuiu com plantas para o fabrico de medicamentos e
influenciou na arte.
A ciência cartográfica evoluiu muito. Os portugueses deram um decisivo
contributo para o conhecimento do mundo tal como é na realidade.
O triunfo
das revoluções liberais
Explica a
importância das conquistas da revolução francesa para o liberalismo,
estabelecendo ligações com o caso português.
A Revolução francesa, apoiada, nos ideais iluministas estabelece:
- A soberania reside na Nação.
- Os poderes políticos foram separados
- A constituição tornou-se a lei fundamental do país, consagrando os
direitos dos cidadãos: liberdade de expressão, de reunião, de religião e
igualdade de todos perante a lei.
- Contribuiu para modernizar o Estado, a administração pública, as
finanças e o ensino.
- O Estado laicizou-se.
- A sociedade de ordens dá origem à sociedade de classes.
- os ideais da revolução francesa espalhados por toda a Europa e América
Latina ( onde deram origem a movimentos de independência), também chegaram a Portugal, por outras vias e
pelas invasões napoleónicas. Defendem: a liberdade: a igualdade e a
Fraternidade.
Estes ideais discutidos certamente no Sinédrio e entre a burguesia com
influência iluminista e entre os estrangeirados
(que estiveram fora de Portugal) influenciam a ocorrência da Revolução
Liberal Portuguesa que ocorre em 1820.
Enquanto, no Antigo Regime,
a soberania é divina, tendo o rei todos
os poderes, a Constituição, aprovada em 1822, defende a divisão dos poderes e a
soberania popular. O poder legislativo é entregue às Cortes, o executivo ao rei
e o judicial aos tribunais.
D. Pedro outorga a Carta
Constitucional em 1834.
Leis: Abolição dos direitos
feudais; substituição das ordens por classes, tal como acontecera na Revolução
Francesa, aplicando o ideal iluminista de igualdade, lei do morgadio paternos, segundo a qual só o
filho mais velho é que herdava os bens pai. Lei código civil. Defendem princípios iluministas:
- Rousseau – Soberania
popular: o poder reside no povo que o cede aos governantes eleitos por si. Se
os governantes não governarem de acordo com os interesses do povo podem ser
depostos através de eleições ou revoluções ( ex: Revolução americana; revolução
francesa; revolução portuguesa de 1820).
Os homens nascem e
permanecem livres e iguais em direitos.
- Voltaire defende a
liberdade e a tolerância religiosa.
- Montesquieu defende a
separação dos poderes em legislativo ( entregue a uma assembleia); executivo (
entregue ao rei ou presidente; Portugal: rei e o Judicial aos tribunais).
Com as leis de Mouzinho da
Silveira que acaba com os direitos feudais e afirma o direito da propriedade privada, a
sociedade torna-se mais igualitária,
acabam-se as ordens e surgem as classes. Com as leis anticlericais de Joaquim
Aguiar as ordens religiosas são expulsas.
Apogeu e declínio da influência europeia
Relaciona
o imperialismo do século XIX com os processos de industrialização
A. Europa no sec. XIX é
a fábrica do Mundo, a grande comerciante
e banqueira do Mundo.
As grandes potências industriais -
pretendem o domínio colonial e imperial para assegurar a sua hegemonia
mundial.
Imperialismo- Sistema
politico em que uma grande nação domina social e politicamente vastas regiões
independentes.
Colonialismo- Forma de
domínio social, politico e económico que o país colonizador exerce sobre as
colónias.
Dá-se, então, a partilha de África resultado da:
- Revolução industrial
-Vaga imperialista
- Viagens de exploração a
África
- Conflitos na Europa
-Conferencia de Berlim
(1885)
- Principio da ocupação
efetiva
Nesta partilha, as Grandes
potências, Inglaterra; França; Alemanh, saíram beneficiadas. O domínio colonial e
imperial é fundamental para as grandes potências conseguirem: matérias primas
baratas, ampliar os mercados para escoar os seus produtos e obter mão de obra
barata, para que possam continuar a ampliar os seus capitais e rendimentos.
Relaciona
a rivalidade económica e colonial entre as grandes potências industriais com a
agudização das tensões nacionalistas.
As rivalidades económicas que conduziram ao imperialismo e colonialismo
fez aumentar os nacionalismos dos países dominantes mas também dos dominados.
Nacionalismos -
desenvolvimento deste através da propaganda (pangermanismo – expansão do povo
alemão através da conquista de um espaço vital, defendendo a superioridade do
povo alemão)
A península balcânica
destaca-se também pelas pequenas nacionalidades que se querem libertar do
domínio da Áustria.
O império Austro-Húngaro
queria ter acesso ao mar mediterrâneo, anexando a Sérvia.
O império Russo tinha o
mesmo objetivo, bem como afinidades com os povos eslavos, considerando-se sua
protetora e prestando apoio aos Búlgaros, Sérvios e Bósnios.
A França quer recuperar a
Alsácia Lorena perdida na Guerra Franco Prussiana, no final do século XIX.
Este facto leva à política
de alianças:
Forma-se a: Tríplice
Aliança: Áustria/Hungria + Itália + Alemanha; Tríplice Entente Cordiale: França
+ Inglaterra + Rússia
Refere os acontecimentos que
antecedem a eclosão da 1.ª Grande Guerra.
Antecedentes da 1ª Guerra
Mundial
Rivalidades económicas colonialistas
e imperialistas agudizam o clima de tensão. - que conduziram ao imperialismo e
colonialismo, que levou a paz armada e à corrida ao armamento com a emergência
de uma Politica de alianças – Tríplice
Aliança, ou Aliados: Áustria/Hungria + Itália + Alemanha; Tríplice Entente Cordiale, ou Potências
Centrais: França + Inglaterra + Rússia
A 28 de agosto de 1914,
Francisco Fernando (herdeiro do trono do império Austro-húngaro) na Bósnia, por
um estudante sérvio, o que deu início à 1ª guerra mundial.
Quando o arquiduque
Francisco Fernando, herdeiro do trono austro-húngaro é assassinado na Bósnia,
por um estudante sérvio, A Áustria Hungria exige o desmantelamento do movimento
terrorista em 24 horas. Na impossibilidade disso acontecer, a França e a
Inglaterra que protegia a Bósnia e a Servia declaram guerra à Áustria –Hungria. A seguir entra a Alemanha,
sua aliada e o conflito generaliza-se.
Participação
de Portugal na 1.ª Grande Guerra.
Portugal entrou na Primeira
Guerra Mundial, para defender as suas colónias africanas, garantindo a sua
posse, para obter o reconhecimento do regime republicano ao lado dos
Aliados, como o CEP, Corpo
Expedicionário Português que, embora mal equipado, lutou bravamente. Releva-se
a Batalha de La Lys, na Flandres, a 9 de abril de 1918.
A intervenção de Portugal na
guerra agravou as dificuldades internas e aumentou o descontentamento do povo.
Levou ainda a um período de ditadura por Sidónio Pais.
O fim da 1ª República
Fatores económicos
Depois da guerra, a situação
económica do país piorou ainda mais, os salários não acompanhavam a subida dos
preços. Por isso o nível de vida da população desceu.
Fatores sociais e políticos
Portugal:
da 1ª República à ditadura militar
-Avalia o alcance das
principais realizações da 1.ª República ao nível da legislação social, da
laicização do Estado e das medidas educativas.
- Explica o derrube da 1ª
República e a sua substituição por um regime ditatorial
5 - 1ª República
Primeiras medidas: Nova bandeira; “A Portuguesa”- torna-se hino
nacional; surge o Escudo, como moeda; a
Igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos
O Governo provisório é
chefiado por Teófilo Braga.
A 1ª Constituição republicana
de 1911, defende:
Todos são iguais perante a lei; Liberdade
de expressão e a Separação de poderes
O poder legislativo é
entregue ao Parlamento; o Executivo, aoPresidente da República e governo e o Judicial, aos tribunais
Realizações da 1ª República:
- Laicização do estado:
estado civil (decreta liberdade religiosa); expulsão das ordens religiosas e
nacionalização dos seus bens; registo civil obrigatório; legalização do
divórcio.
- Legislação social:
autorização da greve; instituição do descanso semanal obrigatório; limitação
dos horários de trabalho; seguro obrigatório para doença e velhice.
- Não conseguiu diminuir a
instabilidade política nem social. O proletariado continuou descontente, apesar
da 1ª República ter feito algumas leis a seu favor como a da greve que acabou
por reprimir.
- A nível cultural conseguiu
melhores resultados, embora em pequenas dimensões:
- Criou escolas primárias. A 1ª República criou cerca de 1105 escolas primárias o que fez
diminuir em 8,1% as freguesias sem
escola. O número de professores aumentou em cerca de 2500, devido às novas
escolas de formação de professores. Tudo isto levou a que a taxa de
analfabetismo baixasse 7,6%, o que não é muito significativo, mas demonstra a
preocupação da 1ª República pela educação e ensino. Criou, também, escolas
técnicas e liceus e a escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos, escolas
para a formação de professores; as Universidades do Porto e Lisboa,
reorganizou-se a de Coimbra; abriram-se museus; bibliotecas; coretos para
divulgação da música.
Porém, as dificuldades
também existiram:
· Oposição da igreja católica e dos
monárquicos devido à perda de privilégios e ao desagrado face às leis do Estado
laico e superioridade das civis.
· Os operários mostravam-se descontentes
com a lentidão da resolução dos problemas
Tudo isto levou a que se
pensasse que só uma Ditadura militar resolveria o problema. A 28 de maio de
1926, um golpe militar iniciado em Braga pôs fim à 1ª República: o parlamento
foi dissolvido; as liberdades individuais foram suspensas e o poder passou a
ser assumido pelos militares.
Crises, ditaduras e democracia na década
de 30
- Identifica
os princípios ideológicos comuns ao (s) fascismo (s).
- Caracteriza
as especificidades do nazismo, destacando o seu carácter racista e de
genocídio.
- Refere
as organizações repressivas e os mecanismos de controlo da população criados
pelo Estado Novo
O
fascismo, uma ditadura totalitária. O totalitarismo nazi.
Mussolini estabeleceu em
Itália uma ditadura fascista, caracterizada pela concentração dos poderes no
chefe do governo, pelo estabelecimento do Estado totalitário, corporativo e
pelo culto do nacionalismo. Mussolini pretendia elevar a Itália a potência
económica e colonial, pelo que desenvolveu a agricultura e a indústria,
fomentou as obras públicas e conquistou a Etiópia. Interveio na Guerra Civil
Espanhola e na 2ª Guerra Mundial.
Na Alemanha, Hitler,
dirigente do Partido Nacional-Socialista (Nazi)
aproveitou a humilhação sofrida pela perda da !ª Guerra e pela
humilhação infligida aos alemães pelo Tratado de Versalhes, bem como o clima de
instabilidade económica e social, consequência da Crise de 1929. As suas propostas
conseguiram o apoio da população alemã e em 1932, o partido NAZI torna-se no
maior partido alemão. No ano seguinte Hitler é nomeado Chanceler e passa a
governar a Alemanha em ditadura que se caracterizava pelo totalitarismo (
Hitler tem a totalidade do poder, o partido NAZI era o único partido, as
populações eram controladas e educadas de acordo com a ideologia nazi), pelo
racismo ( superioridade da raça alemã, perseguição aos judeus, necessidade de
criação de um “espaço vital” para o desenvolvimento do país.
Para impor se limites as
suas ideias perseguiu e eliminou brutalmente todos os seus opositores.
· O fascismo
Razões do avanço da
extrema-direita:
1. Económicas
Dificuldades económicas pós
guerra; Ruína de muitas cidades; Crise de 1929. Desemprego; Redução do nível de
vida.
2. Sociais
Triunfo da revolução
soviética; a população ansiava por um governo forte que resolvesse a crise; meios
utilizados:. Violência; Ameaças;
Espancamentos contra os partidos de esquerda e sindicatos, Destruições: Milícias armadas e agressivas
(camisas negras); o operariado
hesitante
2. Propaganda: através da Imprensa;
Rádio, pretendendo atrair as classes médias; realização de Comícios
A tomada de poder por
Mussolini
Os industriais e os
proprietários passaram a apoiar um partido de extrema-direita: o Partido Nacional
Fascista (1921) chefiado por Benito Mussolini. Dispondo de milícias armadas (os
camisas negras), o Partido Fascista violentava os militantes de esquerda e
reprimia as greves.
Em 1922, o rei de Itália,
pressionado pelas manifestações fascistas, encarregou Mussolini de formar
governo. Em 1924 realizaram-se eleições e recorrendo à violência e à corrupção,
Mussolini conseguiu tornar-se o senhor absoluto de Itália.
Ideologia
· Totalitarismo/ Estado Uno; O estado
controla toda a sociedade; Imperialismo
dada a necessidade de alargar o espaço
territorial; Corporativismo:Associação entre patrões e assalariados evitando a
luta de classes e o comunismo
· Primado do Chefe – Duce ou Chefe
· Primado do Estado – obediência
incondicional ao Estado, não havendo interesses individuais
· Primado do Partido – Existência de um
único partido, para não haver oposição.
Organizações juvenis
fascistas – que visavam a preparação
militar e física dos jovens. Ex: Juventude Fascista
Economia
1. Vantagens para as famílias numerosas para
que a expansão italiana fosse assegurada por uma população forte.
2. Políticas imperialistas, (conquista da
Etiópia), desenvolvimento da indústria
3. Combate ao desemprego
4. Investimentos em
infraestruturas que melhorassem a qualidade de vida dos italianos.
Autarcia – independência
económica.
· Nazismo
Ascensão:
1. Humilhação após o Tratado
de Versalhes; Crise de 1929; Crise social gravíssima, a população procurava
um chefe forte que resolvesse a crise económica.
Partido Nacional Nazi -
Apoio financeiro dos grandes burgueses que receavam o comunismo.
1932- Partido Nazi foi o
mais votado e nomeou Hitler chanceler. Este toma de imediato medidas antidemocráticas
1934 – Hitler acumula os
cargos de presidente da república e de chanceler.
Meios de Consolidação
Violência e força contra os
adversários (SA e SS), através de milícias; Propaganda, comícios e censura
Controlo da juventude (todos os jovens tinham uma educação
nacionalista e militar); Proibição de greves e sindicatos. Os operários estavam
inscritos na frente de trabalho.
Ideologia
- Primado do estado; Primado
do partido; Primado do chefe; Corporativismo; Imperialismo; Antissemitismo -> Genocídio do povo judeu
Política económica
Objetivo – Autarcia. A Alemanha deveria ser
economicamente independente sem precisar de importar qualquer produto.
Racismo e expansionismo
Para os Nazis existiam raças
superiores - a raça ariana e raças inferiores - a raça judia.
Esse violento antissemitismo
levou à tentativa de genocídio dos judeus.
Segundo a lógica racista, os
alemães deveriam ter direito a um espaço vital, territórios considerados
necessários para o bem-estar e crescimento do povo, que deveriam conquistar aos
povos inferiores.
A ditadura salazarista (edificação do Estado
Novo) .
Em 1928, António de Oliveira
Salazar, professor da Universidade de Coimbra foi chamado para ministro das
finanças e conseguiu equilibrar as contas públicas. Desta forma, é nomeado em
1932, Presidente do Conselho de Ministros
Salazar serviu-se para
constituir um Estado forte, autoritário e repressivo da propaganda, defendendo
um estado forte, e valorização da nação com uma longa história, vincando o
orgulho de ser português e de um estado pluricontinental e pluriracial, que
ocupava um grande espaço; o dever de obedecer ao chefe; da educação da mocidade
masculina, a fim de formar as consciências para a defesa do estado e mocidade
feminina a fim de formar valores de esposa, mãe e dona de casa.
Tentou integrar toda a
população civil nos ideais do regime, através da Mocidade Portuguesa e Legião
Portuguesa.
Quem não estivesse de acordo
com estes ideais teria a polícia política PIDE ou a GNR a controlar as suas
ações a reprimir e a prender, por vezes
matar.
Criou um regime autoritário,
antiparlamentar e antidemocrático.
A
2ª Guerra Mundial: violência e reconstrução
Caracteriza
a Europa sob o domínio do Terceiro Reich, salientando os diversos níveis de
violência exercidos nos países ocu Relaciona a política expansionista dos regimes
fascistas com o eclodir da 2.ª Guerra Mundial pados e as ações de resistência.
A Alemanha depois de
abandonar a SDN, desrespeitou o Tratado de Versalhes, restabelecendo o tratado
de Versalhes, orientando a produção industrial para o armamento e defendendo o
pangermanismo, lançou-se na conquista do espaço vital ( criação da Grande
Alemanha), o que os levou a ocupar a Renânia, anexar a Áustria, a
região dos Sudetas ( no noroeste da Checoscolováquia).Fez, também pactos
militares com a Itália (Eixo Berlim-Roma) e o pacto Komintern ( Alemanha, Japão
e União Soviética). Depois do protestos da SDN, das potências ocidentais e da
assinatura do Pacto de Munique. Em 1939,
a Alemanha, ocupou a Checoslováquia e exigiu a entrega de Dantzig à Polónia
pelo que a França e a Inglaterra garantiram apoio à Polónia em caso de ataque.
Este veio a acontecer a 1 de Setembro de 1939, dia em que a Alemanha invadiu a
Polónia o que levou a Inglaterra e a França a declarar guerra à Alemanha.
Os alemães que defendiam a superioridade da
raça ariana, desprezavam os eslavos e particularmente os judeus, raça impura e
perigosa ( que tinha grande poder e domínio económico). Desta forma perseguiram
os judeus, limitando a sua ação, encerrando-os em guetos, onde viviam em
condições infra-humanas e outros foram levados para campos de concentração,
onde eram sujeitos a trabalhos forçados. Em 1942, decretou a “Solução Final” ou
seja o extermínio total dos judeus da Europa – genocídio. Os judeus foram
levados das regiões ocupadas para campos de concentração/extermínio onde os
mais frágeis eram asfixiados em câmaras de gás e cremados em fornos. No final
da guerra, os próprios judeus abriam sob ameaça, valas, onde eram se deitavam e
eram assim mortos cobertos de cal viva e terra. No entanto, ciganos, negros,
homosexuais e comunistas tiveram o mesmo fim. Todas estas atitudes representam
o total desprezo pelos direitos humanos
Após a ocupação da Polónia,
em 1939, a Alemanha prosseguiu a sua expansão militar. Nas várias ofensivas, Hitler
utilizou a tática da Guerra Relâmpago, isto é, uma rápida movimentação de
carros Blindados,, apoiados por Bombardeamentos da aviação contra as forças,
militares inimigas.
Em 1940, na Europa Ocidental, apenas a
Inglaterra parte da França e os países Neutrais (Portugal, Espanha, Suíça e
Suécia) escapavam ao domínio NAZI.
No decorrer dos anos de 1940 e 1941, a
guerra deflagrou noutras regiões da Europa e do mundo. No leste europeu, os
alemães ocuparam a ROMÉNIA, a Bulgária e a Hungria. Em 1940, no Norte de
ÁFRICA, os alemães para cortarem aos ingleses a rota do Canal de Suez,
desembarcaram na Líbia e entraram no Egito. Em finais de 1941, no Pacífico, a
aviação japonesa atacou de surpresa a frota americana estacionada em Pearl
Harbour (Havai). Este ato levou os EUA a
entrar no conflito.
Assim a guerra tinha-se MUNDIALIZADO. A
Alemanha e o JAPÃO possuíam grande superioridade MILITAR, controlando várias
regiões do mundo.
Até finais de 1942, as
vitórias do EIXO foram constantes, em
particular na Europa, Norte de África e
Pacífico. A partir de 1943, as ações da Resistência e a maior capacidade militar dos Aliados
impuseram-se à força do Eixo. A partir de 1943, as ações da Resistência e a maior capacidade militar dos Aliados
impuseram-se à força do Eixo.
Após 1945, num mundo
esgotado (perdas humanas) e arruinado (destruição material), nasceu uma nova
organização mundial destinada a preservar a paz e a promover a colaboração
entre povos – a ONU. Entretanto, os criminosos de guerra eram julgados em
NUREMBERGA enquanto a Alemanha era dividida
em quatro zonas de ocupação.
Portugal democrático: a Revolução de abril
Explica a desagregação do
Estado Novo
Explica as motivações do
golpe militar do 25 de abril de 1974
Caracteriza a organização da
sociedade democrática a partir da Constituição de 1976
Marcelo Caetano substituiu Salazar quando
este entrou em estado de coma e morreu posteriormente.
Os portugueses esperavam que Caetano
tornasse o regime mais democrático, mas aquele dominado pelos ministros de
Salazar, fez apenas pequenas reformas. No entanto, Marcelo não fez uma efetiva
liberação do regime e continuou com a guerra colonial o que descontentava uma
larga faixa da população portuguesa e em particular os militares, que
resolveram planear uma revolução,
tomando a dianteira o MFA ( movimento das forças armadas, ou dos capitães) com
o objetivo de estabelecer uma democracia e acabar com a guerra colonial.
Assim, em síntese, as
motivações da revolução do 25 de Abril são:
- Descontentamento com a
Guerra Colonial que ceifava vidas constantemente e não tinha em conta o
sacrifício dos militares portugueses nessa guerra, já praticamente, perdida na
Guiné, em 1973. Desgaste de todos os intervenientes, (13 anos) e elevado número
de mortos e estropiados de guerra,
- A recusa à independência
das colónias africanas
- Insatisfação popular
devido ao regime autoritário e repressivo salazarista;
- A PIDE que perseguia,
prendia, torturava, os que se opunham ao regime;
- A falta de liberdade de
expressão (censura)
- Derrube do governo de
Marcello Caetano pelo movimento das Forças Armadas
Com o tempo foram-se delineando os chamados
3DS:
-DESCOLONIZAR - Pôs fim à
guerra colonial, ou seja dar independência a todas as colónias portuguesas
-DEMOCRATIZAR - Estabeleceu
um regime democrático que estabeleceu as liberdades fundamentais.
Libertou os presos políticos
Estabeleceu um regime
parlamentar
-DESENVOLVER - Estabeleceu
princípios de desenvolvimento, no sentido de iniciar reformas na estrutura
económica e financeira do país de forma a obter maior justiça social.
Descolonizar, democratizar o
país restituindo aos portugueses todas as liberdades cívicas de que estava privado e desenvolver o país no sentido de iniciar
reformas na estrutura económica e financeira do país de forma a obter maior
justiça social.
A nova Constituição entrada em vigor em 25
abril de 1976, instituiu um estado Democrático
baseado na soberania popular . Os portugueses passaram a viver num
regime democrático parlamentar. Consagraram-se as Liberdades
individuais e coletivas,
como por exemplo, o direito à livre
expressão do pensamento ou à liberdade de associação em partidos políticos
bem como o sufrágio universal e o direito à educação e cultura
5 - Os atuais órgãos de soberania são :
A – Presidente da República com poder executivo
B - Assembleia da República
com Poder Legislativo.
C – Governo com poder legislativo
D – Tribunais com poder
judicial .